2016 foi um ano de conquistas inesperadas em Potugal. Na final da Taça de Portugal, o FC Porto, favorito, foi batido pelo SC Braga. Na decisão do Euro 2016, a Seleção Nacional superiorizou-se à francesa, anfitriã da competição. Mas a ligar estes dois jogos, de desfecho inesperado, houve porém, mais do que ter sido a equipa menos favorita, a vencer as disputas. O fator diferenciador, comum a ambos, foram os desempenhos dos guarda-redes das equipas vencedoras. Marafona do SC Braga travou o ímpeto de um FC Porto que recuperara uma vantagem de dois golos e brilhou nas grandes penalidades, oferecendo aos bracarenses a segunda Taça de Portugal da sua história, equiparando-se, no estatuto de herói, a Perrichon, protagonista da primeira, conseguida em 1966.
Rui Patrício, ao serviço da Seleção Nacional, assinou uma exibição memorável, que sustentou e reforçou a crença dos seus companheiros de equipa bem como de todos os portugueses, nesse dia presos ao ecrã televisivo, que assistiram a uma prova de superação ímpar, que compensou a saída do capitão Ronaldo. O resultado é sobejamente conhecido: Portugal sagrou-se Campeão da Europa, o maior troféu da história desportiva do país.
Sendo o guarda-redes um jogador sempre em maior evidência, porque é ele que defende o último reduto, e é chamado a atuar, quando a equipa está em maiores dificuldades, a importância da sua fiabilidade, é fundamental na crença de conquista de um troféu. Rigor posicional associado a duas ou três defesas fantásticas podem entusiasmar todo um estádio, galvanizar uma equipa e projetá-la para a vitória. Marafona e Rui Patrício, entre outros, são guarda-redes de enorme qualidade.
São exibições como estas que demonstram a importância da formação específica na “construção” de um profissional maduro e seguro, como o tem de ser, o guarda-redes do futebol moderno. E se já o Mundial de 2014, foi chamado o “Mundial dos Guarda-Redes”, os exemplos são cada vez mais evidentes. É preciso trabalhar e treinar muito para ser um guarda-redes de nova-geração. É aqui que se destaca a Escola de Guarda-Redes Nuno Monteiro, que proporciona, desde as mais tenras idades, formação qualitativa, adequada aos diversos escalões etários, porque, diz-nos o responsável desta Escola – “não é a mesma coisa treinar um jovem de 8 ou 9 anos, que deve começar por pequenas interações, ligeiros exercícios motores, ou um de 16, que já no escalão juvenil, tem de ser dotado de competências técnico-táticas, físicas e psicológicas… porque são as boas decisões que fazem a diferença”.