NWSL: Servirá o escudo de impulso às Reign?

    cab futebol feminino

    (Primeira Parte do Texto AQUI)

    Temporada de 2014

    Vamos a jogo! E o grande destaque tem indiscutivelmente de ir para as Reign, de Seattle, que se sagraram campeãs da fase regular ao melhorarem de forma significativa o seu futebol. Não seria para menos: Nahomi Kawasumi, do Japão, e as norte-americanas Megan Rapinoe, Elli Reed, Kim Little, Sydney Leroux e Hope Solo tinham obrigatoriamente de conduzir a equipa a uma boa prestação.

    Em 24 jogos, Seattle somou 16 vitórias e afirmou-se como o melhor conjunto de 2014, encantando por praticamente todos os campos por onde passava com o seu jogo muito ofensivo (50 golos, melhor ataque da prova) e elegante. É caso para dizer que Seattle chegou, viu jogar e jogou, passando de um sétimo posto em 2013 para o primeiro em 2014. No entanto, o topo não foi o único local da tabela onde a equipa sensação do ano interferiu, dado que no último encontro sofreu uma derrota que mudou totalmente a figura dos play-offs.

    Aqui, aparece o nome das Portland Thorns, lideradas pela inevitável e carismática Alex Morgan, que apareceu a tempo e bem recuperada de uma lesão para ‘salvar’ o conjunto nos últimos instantes. Se no dia anterior dependiam das Red Stars, as Thorns viram o maior rival do momento perder dois pontos frente à única equipa de Nova Iorque e ficar assim dependente de si próprio para, em casa e perante 17 000 espectadores, regressar ao play-off que havia ganhado na edição inaugural da nova competição. Assim foi, com a inevitável Morgan a assinar o único tento da partida.

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    Allie Long, uma das figuras das Thorns, prestes a bater um pontapé de canto perante um estádio praticamente esgotado
    Fonte: Craig Mitchelldyer-Portland Thorns FC

    Vitória para umas, derrota para outras, e assim as Red Stars ficaram de fora em igualdade pontual com as Washington Spirit, mesmo tendo mais golos. Na NWSL, o desempate mede-se, primeiro, pelos triunfos (10 para DC, nove para Chicago), e aqui nem a vitória sobre a equipa de Seattle lhes bastou. Isso mesmo, porque de fora ficou a única equipa a ter batido as campeãs da fase regular para além das Portland Thorns.

    As meias-finais

    Com a reviravolta das Thorns a alterar o lote de apuradas, e de certa forma a colocar um ponto final na fase regular, as meias-finais não poderiam ser mais entusiasmantes. Se a equipa de Portland recebe o FC Kansas City na reedição das meias-finais do ano passado, Seattle Reign mede forças com Washington Spirit.

    Aqui, e sem margens para dúvidas, Portland e Seattle assumem o favoritismo. As primeiras não só por serem as actuais detentoras do troféu mas também pela boa fase final de época que protagonizaram e, acima de tudo, pelas duas vitórias e um empate que registaram contra as adversárias das meias-finais na época regular (10-2 em golos); já Seattle foi indiscutivelmente a melhor equipa na fase de ‘todos contra todos’ e regista resultados semelhantes frente às adversárias, tendo levado a melhor em dois dos três embates e alcançado um empate no outro.

    Embaladas pelas respectivas campanhas e lideradas por algumas das melhores jogadoras do mundo, as Portland Thorns e as Seattle Reign assumem-se então como as grandes candidatas à passagem à finalíssima da liga norte-americana de futebol 2014, disputada entre Abril e Agosto. No entanto, engane-se quem pensa que a favorita é a vencedora – longe disso, e ainda mais no futebol feminino, onde as surpresas ganham forma com maior regularidade, e as goleadas (por vezes inesperadas) surgem com bastante frequência. Independentemente de tudo isto, é certo que os três últimos jogos da competição prometem angariar ainda mais seguidores.

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    Gaspar Ribeiro Lança
    Gaspar Ribeiro Lançahttp://www.bolanarede.pt
    Futebol, ténis, Fórmula 1... Com o passar dos anos mais desportos fazem parte do seu quotidiano e lhe ocupam bons pares de horas em estádios ou em frente ao computador e à televisão. Não há, no entanto, maior paixão do que aquela que tem por Liverpool Football Club e Futebol Clube do Porto. "Impossível escolher".                                                                                                                                                 O Gaspar não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.