BnR: Até agora, qual o momento mais alto da tua careira?
JF: Têm sido muitos os bons momentos, mas posso destacar a final da Taça de Portugal na época anterior. Só conseguimos vencer após 114 minutos, após um grande esforço por parte de toda a equipa.
BnR: Quais as maiores dificuldades que uma jogadora de futebol atravessa ao longo da sua carreira?
JF: Conciliar os treinos com o trabalho, pois o facto de não sermos nem sequer semiprofissionais torna tudo mais difícil.
BnR: Consideras que o futebol feminino tem o devido reconhecimento em Portugal?
JF: Infelizmente, o desporto em Portugal passa muito pelo futebol masculino, embora já se comece a dar mais importância ao sexo oposto. Vamos conquistando o nosso espaço e, um dia, teremos ainda mais influência. É necessário que os clubes de renome apostem mais no futebol feminino.
BnR: E no resto do mundo?
JF: A disparidade não será tão notória, pois em muitos outros países as equipas e seleções são muito mais apoiadas em termos monetários.
BnR: Como achas que se deve promover o futebol feminino entre o público em geral?
JF: A transmissão televisiva dos jogos da futura liga de elite e a entrada/aposta dos clubes com peso em Portugal seria e é um ótimo presságio e desenvolverá o futebol feminino em Portugal.
BnR: Acreditas que a ideia preconcebida de que o futebol deve ser jogado por homens algum dia vai desaparecer? Como?
JF: Essa ideia está a perder-se aos poucos. Com o tempo, as pessoas, em geral, irão dar a mão à palmatória, pois o desporto é para todos.
BnR: Achas que o futebol feminino pode ser profissionalizado em breve no nosso país? O que falta para que tal aconteça?
JF: Como já falei anteriormente, só com o apoio dos grandes clubes é que será possível chegar à profissionalização, pois é difícil os clubes pequenos terem verbas para dar às jogadoras.
Foto de Capa: Facebook de Joana Flores