SC Braga 0-7 Paris SG: Golos madrugadores matam até o direito a sonhar

BnR na Conferência de Imprensa

SC Braga

BnR: Como é que os golos madrugadores do PSG em ambas as partes condicionaram o jogo do Braga?

Miguel Santos: Quando sofres um golo é sempre um momento mau, seja a abrir seja a fechar… Não condicionou nada, porque o Braga manteve sempre a mesma identidade, sempre a mesma postura, sempre os mesmos princípios. Aliás, foi por querermos sair a jogar que sofremos um ou outro golo que poderíamos não ter sofrido se explorássemos logo o jogo direto. Mas, isso ia mascarar um pouco a nossa forma de ser e estar no futebol e eu acho que as equipas têm de crescer com a identidade que têm, só assim é que conseguimos perceber se neste ou naquele aspeto estamos bem ou não. E, portanto, o Braga manteve sempre a mesma identidade e a mesma postura.

O facto de PSG ter marcado logo no início da primeira parte e logo no início da segunda parte não motivou nenhuma reação negativa das minhas jogadoras, porque não vi nenhuma a baixar os braços, nem vi nenhuma a virar as costas ao jogo. Vi-as sempre ativas. Agora, há que dar o mérito também ao PSG pelo grande jogo que fez e pela equipa que tem.

BnR: Quanto à questão da mudança de campo, que balanço faz? Por um lado, a possibilidade de ter mais público e de jogar no palco principal do SC Braga, mas perde também a vantagem de jogar num campo a que as jogadoras estão habituadas.

Miguel Santos: Na vida, não há realidades perfeitas. Ou quase nunca. Encontrar uma situação das nossas vidas em que as coisas sejam todas perfeitas é extremamente difícil.

O Estado Municipal de Braga tem, na minha opinião, mais fatores positivos que negativos. É óbvio que as jogadoras não estavam a jogar no 1º de Maio, onde habitualmente costuma jogar, mas o facto de terem o privilégio de jogar neste Estádio, de termos batido o recorde de assistências em jogos do futebol feminino do Braga – e isso deixa-me extremamente contente -, de jogarmos aqui no Municipal onde só joga a equipa masculina é motivo de um orgulho, um motivo de honra, porque é o culminar de uma campanha que se iniciou que o sermos campeões, mas que depois foi preciso ir a Riga fazer o primeiro lugar para estarmos aqui. Se em Riga, tivéssemos ficado em segundo lugar, o jogo de hoje não existia e o facto de estarmos a jogar no Municipal também não existia e isso acho que é um motivo de grande orgulho.

Não beliscou em nada e espero até que tenha aproximado os adeptos da equipa e que tenha feito com que o futebol feminino tenha ganho mais adeptos. O Futebol masculino já tem adeptos fixos, o futebol feminino ainda está a crescer. E o Futebol feminino tem de crescer dentro de campo, mas também tem de crescer fora de campo. Acho que este foi um dia também para se registar um bom crescimento a esse nível. Espero que as pessoas, que obviamente não gostaram do resultado tal como nós, mas que tenho gostado do empenho e da atitude da equipa e que possamos futuramente no Estádio 1º de maio em que o número de adeptos seja maior, em virtude exatamente deste jogo.

Que este jogo também, além da derrota, também nos dê alguns ganhos ao nível dos nossos adeptos.

Outras declarações:

«Sabíamos que o PSG tinha mais pontos fortes que pontos fracos».

«Tentamos contrariar o poderio do PSG. Estou muito orgulhoso das jogadores».

«O resultado foi-se avolumando por mérito do PSG».

«Se isto estava difícil, agora as coisas ficaram extremamente difíceis. Não há impossíveis. O resultado está difícil, mas vamos fazer o melhor que pudermos e dignificar o Braga e o futebol português».

 

PSG

BnR: Houve vários jogos na primeira mão desta ronda da Liga dos Campeões com resultados avolumados. Que lhe diz isto sobre o que ainda falta desenvolver no futebol feminino?

Echouafni: É preciso continuar a trabalhar. Por todos os clubes dos diferentes campeonatos. Em Inglaterra, em França, em Espanha na Alemanha, em Portugal,… é preciso continuar a acolher as jovens nos clubes, nas estruturas, para se desenvolerem mais rapidamente. É preciso que os clubes, que os Presidentes dos clubes dêm as condições necessárias para o crescimento do futebol feminino.

Outras declarações:

«Nunca podemos subestimar o adversário».

«Esteve um ótimo ambiente no estádio».

Foto de Capa: PSG Féminines

José Baptista
José Baptista
O José tem um amor eclético pelo desporto, em que o Ciclismo e o Futebol Americano são os amores maiores. É licenciado em Direito (U. Minho) e em Psicologia (U. Porto).

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