A tarde de domingo ficou marcada pelo regresso do FC Porto à competição, após nova pausa internacional, em jogo a contar para a prova rainha do futebol nacional.
O jogo era frente a um Vitória FC que, apesar de todo o respeito que merece da minha parte, apresenta-se atualmente como sendo uma das mais frágeis formações a atuar em Portugal.
Partindo desse princípio, considero intelectualmente desonesto tentar tirar sérias ilações, tendo como base estes últimos noventa minutos; até porque, sejamos honestos, não assistimos a uma exibição de gala por parte do FC Porto.
Contudo, é impossível negar que existiram pontos positivos. A titularidade (segunda consecutiva) de alguns dos nossos jovens talentos, exibições mais consistentes de alguns outros atletas e os sempre reconfortantes quatro golos, e consequente presença nos oitavos da Taça, são, claramente, tópicos a ter em conta.
No geral, quem se deslocou ao Estádio do Dragão neste chuvoso final de domingo, assistiu a uma exibição consistente da equipa. Tal, também, deveu-se a uma melhoria exibicional de alguns jogadores, individualmente, como por exemplo de Marega, mais participativo no jogo e capaz de otimizar as suas características mais diferenciadoras, ou de “Tecatito” Corona, decisivo no último terço.
Contudo, o onze mantém-se, ainda, a meu ver, um pouco distante daquele que poderá ser o ideal. A questão “lateral direito” mantém-se (será Saravia assim tão inferior a Manafá?), a dupla do setor intermédio, constituída por Danilo Pereira e Loum, apesar de estar a “deslumbrar”, parece-me não ser a melhor solução num médio/longo prazo e, honestamente, faz-me imensa confusão ver Marchesín, Uribe ou Luis Díaz fora do onze inicial (ainda para mais se esta for uma medida efetiva de Sérgio Conceição).
Diogo Costa é um jovem com um potencial incrível, com capacidade para colocar o seu nome na história do futebol português e do FC Porto. Todavia, Marchesín é “apenas” o melhor guarda-redes no nosso país, atualmente. Díaz é um dos mais talentosos e evoluídos do plantel, Uribe é um médio que, estando na sua plenitude, pode ter um papel determinante num hipotético sucesso desta equipa em 2019/20.
Não será, na minha opinião, com um onze base sem estes três nomes que o FC Porto se aproximará do seu potencial máximo. E a verdade é que não será uma qualquer festa que me fará mudar de ideias.
Foto de capa: FC Porto
Artigo revisto por Joana Mendes