Na segunda parte, os dragões passaram a maior parte do tempo na área adversária, recuperando a bola em zonas altas e a criar grandes problemas às águias. Marega, Brahimi e Ricardo eram os mais inconformados com o empate mas acabavam sempre por embater na muralha impenetrável que foi Bruno Varela nessa noite. A lição de Sérgio Conceição parecia finalmente afinada, no entanto a eficácia carecia de uma afinação urgente. Que o diga Moussa Marega! O avançado maliano falhou por duas vezes duas oportunidades flagrantes de baliza aberta para o desespero dos adeptos portistas.
Os encarnados mostraram-se grande parte do encontro inseguros com a bola nos pés e incapazes de criar oportunidades relevantes. Era visível a luta sufocante pela conquista do ponto que provava que “as águias estavam vivas” no campeonato português. Houve momentos do jogo em que nem pareciam de dois grandes a defrontaram-se tal era o desnível das duas equipas.
A terceira equipa em campo, a de arbitragem, também fez questão de marcar presença. E de que forma! Jorge Sousa fez questão de ser protagonista em dois momentos de jogo flagrantes. Primeiramente ficou um penálti por marcar a Luisão que intercetou a bola com o braço dentro da grande área e, já na segunda parte, o árbitro foi mal-auxiliado num fora-de-jogo tirado a Aboubakar e que impediu o golo claro de Herrera. O mais grave e incompreensível desta última decisão polémica foi o facto de Jorge Sousa mostrar-se perentório na decisão de nem sequer consultar o VAR mostrando uma confiança e coragem verdadeiramente impressionantes naquela que é uma profissão em que raramente se erra!
Ainda antes do fim, mais confusão para manchar o encontro. Zivkovic recém-entrado vê o duplo amarelo e consequente expulsão e estalou ainda a confusão no banco do SL Benfica iniciada por Marega e finalizada com um adepto portista a agredir Pizzi. Lamentável!
Até ao fim do encontro os dragões bem tentaram, mas nunca conseguiram perfurar a barreira encarnada que estiveram sempre competentes no setor defensivo apesar da falta de inspiração atacante.
As águias iriam conseguir mesmo sobreviver a um “quase massacre” no Dragão mantendo assim aberta a luta a três pelo título. Para os adeptos portistas fica uma sensação amarga pela falta de eficácia dos seus jogadores, mas também uma sensação de injustiça pelas más decisões tomadas por Jorge Sousa.
Foto de Capa: FC Porto
artigo revisto por: Ana Ferreira