A queda dos reis do mercado | FC Porto

    Já lá vão os tempos em que o FC Porto era um autêntico dragão no mercado de transferências.

    A capacidade para potenciar jogadores era fora do normal e conseguia-se encaixar milhões que faziam os gigantes milionários da Europa corar de vergonha pela maneira como a equipa portuguesa era feroz nas negociações.

    Dois dias após findado o mercado de transferências, é evidente a dificuldade dos dirigentes portistas em colocar algum jogador no mercado e potenciar uma venda.

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    Vitinha era um dos jogadores que a direção da SAD do FC Porto queria colocar, mas que não conseguiu.
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    O último jogador a sair por um valor sonante foi Fábio Silva, por 40 milhões, para o Wolverhampton Wanderers FC.

    Além disso, o clube perde os seus principais ativos a custo zero, algo que idealiza a situação caótica do clube que não consegue vender, nem renovar, com os atletas que poderiam equilibrar as contas dos azuis e brancos.

    É momento de analisar os dados relatos pelo clube:

    Pepê, Wandell, Bruno Costa, Fábio Cardoso e Marko Grujic, entre regressos de empréstimos estes foram os que levaram o FC Porto a algum investimento, dando assim, um total de 24,70 milhões de euros gastos neste mercado.

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    O médio sérvio regressou ao FC Porto depois de uma época emprestado aos dragões.
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Aqui entra o dado preocupante, os portistas angariaram um total de 21,25 milhões de euros, nos quais 16 desses milhões são provenientes do negócio de Danilo Pereira que foi realizado na época transata.

    Os restantes são da venda de Chidozie e o empréstimo do brasileiro Fernando Andrade.

    Relembrando que o clube precisa de efetuar vendas para equilibrar as contas, com uma simples conta de subtrair conseguimos perceber que o clube sai com saldo negativo deste mercado de transferências, mais concretamente de 3,45 milhões de euros.

    Estes dados são importantíssimos para perceber a abordagem ao mercado pelo clube. A premissa é simples: “Clube que não vende, não pode comprar”, neste defeso foi evidente que Sérgio Conceição contava com, pelo menos, mais um avançado centro.

    Podemos, também, relembrar o drama do lateral esquerdo em falta que assombrou o clube no começo da temporada.

    Estamos perante um dos defesos mais fracos de sempre do FC Porto, os jogadores que entraram não são garantia de rentabilidade imediata, continuamos a perder os jovens da formação que poderiam ser rentáveis a nível desportivo e financeiro.

    E, para culminar todas estas situações, os jogadores continuam a abandonar o Dragão por zero milhões de euros.

    O FC Porto precisa de mudar esta estratégia de abordagem ao mercado o mais rápido possível, pois vai-se tornar financeiramente impossível gerir o clube sem que haja mudanças.

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    Ricardo Rafael Silva
    Ricardo Rafael Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Ricardo Rafael é um jovem estudante de ciências da comunicação e adepto do FC Porto. Olha para o futebol sempre com ar crítico e procura ver o melhor do desporto.