Muito se tem falado do mercado de transferências e das obrigações a cumprir por parte do FC Porto, que se vê obrigado a vender jogadores para conseguir dar resposta ao fair-play financeiro. Como já era expectável, os “miúdos” formados no clube seriam uma das primeiras opções para colocar no mercado, pela qualidade já evidenciada e pela margem de progressão que têm pela frente. E foi exatamente nessa linha de pensamento que surgiu a venda de Fábio Silva. O avançado de 18 anos foi vendido ao Wolverhampton FC por 40 milhões de euros e sabem-se agora os verdadeiros contornos do negócio.
Recorde-se que o avançado, que só foi aposta na equipa principal esta temporada, realizou 21 jogos e marcou três golos, o que significa que a venda por 40 milhões foi, efetivamente, um bom negócio. Estar sempre atento aos dados pode ser importante para os bons negócios e os adeptos têm o Pitchinvasion UEFA 2020 Guia de Apostas, Odds e Previsões para o fazer. No entanto, e sobre o negócio, sabe-se agora que apenas 30 milhões entraram diretamente nas contas do clube e que os restantes 10 milhões são comissões dadas aos intermediários da venda. Neste caso específico, sete milhões vão diretamente para a Gestifute, empresa liderada pelo agente Jorge Mendes. E os restantes três milhões são para a STV – Soccer Talents Vision – uma empresa de agenciamento de jogadores.
No comunicado emitido pelo clube à CMVM pode ler-se:
“A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 248º nº1 do Código dos Valores Mobiliários e em aditamento ao comunicado feito no passado dia 5, vem informar o mercado que, decorrente da transferência do jogador Fábio Silva para o Wolverhampton, por 40 milhões de euros, e da execução dos acordos previamente alcançados, terá encargos com serviços de intermediação, com as empresas Gestifute, SA e STV, Lda, englobando um valor base acrescido do prémio de objetivos, que corresponde a 7M€ (sete milhões de euros) e 3M€ (três milhões de euros), respetivamente.”
Depois da venda de Fábio Silva ter sido anunciada, o FC Porto também confirmou a saída de Vitinha, por empréstimo, com opção de compra no valor de 20 milhões de euros no final da temporada. Estas saídas podem eventualmente ajudar o clube, mas ainda continua aquém do que é necessário, obrigando assim o FC Porto a colocar mais nomes no mercado. Esta ligação ao clube inglês, liderado por Nuno Espírito Santo, parece estar a correr de feição e, mais recentemente, foi Alex Telles o jogador associado aos Wolves.
Para já não há a confirmação de mais nenhuma saída, nem de mais nenhum negócio feito, mas é expectável que nos primeiros dias, ainda antes do campeonato retomar, mais jogadores venham a sair e mais negócios com este tipo de contornos sejam realizados.
Artigo revisto por Joana Mendes