AC Milan 1-1 FC Porto: Ineficácia inicial penaliza dragões em Itália

    A CRÓNICA: PRIMEIRA PARTE PARA OS VISITANTES, COM AS PERNAS A ACABAREM NA SEGUNDA

    Duas semanas depois de uma exibição dominante no Estádio do Dragão, FC Porto e AC Milan, históricos do futebol europeu, defrontaram-se uma vez mais a contar para a Liga dos Campeões. Uma quarta jornada do grupo B que é chave para ambas equipas, com os dragões a sonhar ainda uma passagem aos oitavos, enquanto que os italianos tinham uma forte necessidade de finalmente mostrar serviço na competição que já venceu 7 vezes.

    Aos azuis e brancos faltou uma peça importante – Matheus Uribe – que ainda estava nos onze inicialmente divulgados, mas que não conseguiu chegar ao fim do aquecimento pré-jogo, ressentindo-se da lesão que o estava a incomodar. Do lado da equipa de San Siro, eram boas notícias com o regresso de Theo Hernández e Brahim Díaz, dois dos jogadores mais importantes no início da época milanesa.

    Mas nem com as habituais estrelas conseguiu o AC Milan mudar a forma com que o jogo começou no mítico San Siro. Domínio dos portistas com uma pressão alta avassaladora. E foi logo aos 6′ que Marko Grujic, o homem que substituiu Uribe no onze, sobe para pressionar Bennacer, recupera a bola e, passando ainda por um homem pelo caminho, coloca a bola perfeita em Luis Díaz. O endiabrado colombiano não vacilou e fez logo o primeiro.

    A primeira parte seguiu com o FC Porto a passar grande parte do tempo com o controlo da partida, apesar dos italianos acabarem com mais posse de bola. Tatarusanu tirou dois golos a Grujic em lances de bola parada, com Diogo Costa a fazer (mais) uma defesa monumental a um remate de fora da área de Giroud.

    Mas a segunda parte trouxe uma face ainda não vista nos anteriores 135 minutos de jogo entre as duas equipas esta época. O AC Milan beneficiou de um certo cansaço dos dragões, e conseguiu crescer na partida.

    Ainda assim, as oportunidades foram escassas. E o golo do empate acabou por surgir num lance algo confuso, com distrações e erros individuais de parte do FC Porto. Diogo Costa ainda defende um remate inicial de Giroud, mas a bola cai para Kalulu que remate quase sem ângulo, com Mbemba a tentar cortar mas a acabar por colocar a bola na baliza portista.

    Azuis e brancos e rossoneri muito lutaram no que faltou do jogo, depois do empate aos 61′, mas nenhuma equipa foi capaz de desfazer a igualdade.

    O FC Porto acabou penalizado pela ineficácia da primeira parte, com o AC Milan a aproveitar as pernas cansadas dos dragões na segunda metade para conseguirem o empate.

    A FIGURA

    AC Milan FC Porto Grujic
    Fonte: Isabel Silva / Bola na Rede

    Marko Grujic – o sérvio nem sabia que ia jogar meia hora antes do apito inicial, mas soube calçar bem as botas deixadas por Uribe no onze. Foi uma máquina de destruição de jogo na primeira parte, conseguindo sempre depois deixar a bola com critério nos jogadores mais ofensivos – prova disso a assistência para Luis Díaz no golo dos dragões.

    O FORA DE JOGO

    AC Milan FC Porto Zaidu
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Zaidu – sem haver um jogador que se tenha destacado em particular pela negativa, recai o peso de pior em campo no jogador que, claramente, menos está apto para jogar a este nível. Quase já dá pena ter que “bater” jogo após jogo no nigeriano, mas o lateral simplesmente está um furo abaixo de todos os outros jogadores do FC Porto. Ataca mal (salvo raro cruzamento), defende ainda pior, e parece sempre extremamente nervoso ao jogar na Liga dos Campeões.

    ANÁLISE TÁTICA – AC MILAN

    O AC Milan de Stefano Pioli apresentou-se no seu habitual 4-2-3-1. Os italianos tentavam jogar a partir de trás, com Bennacer e Tonali ambos a terem grande destaque na construção de jogo. Os médios revezavam-se em quem descia para perto dos centrais. Mas o grande foco do ataque milanês era Rafael Leão. O português alinhou a partir da esquerda, mas com bola fazia os movimentos naturais às suas características de cortar para dentro.

    Sem bola, a pressão não era intensa, com o AC Milan a deixar o adversário avançar em campo.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Tatarusanu (7)

    Calabria (4)

    Tomori (5)

    Romagnoli (5)

    Theo Hernández (6)

    Sandro Tonali (5)

    Ismael Bennacer (5)

    Saelemaekers (5)

    Brahim Díaz (6)

    Rafael Leão (7)

    Olivier Giroud (5) 

    SUBS UTILIZADOS

    Kalulu (6)

    Krunic (5)

    Kessié (5)

    Ibrahimovic (6)

    Maldini (-)

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Apesar de Sérgio Conceição fazer alinhar de novo dois avançados no onze incial – Taremi e Evanilson -, o sistema que o FC Porto usou era, na verdade, mais parecido a um 4-2-3-1. Taremi posicionava-se, tanto ofensiva como defensivamente, como um número 10.

    Os dragões começaram o jogo com uma pressão muito alta, sempre com um dos dois médios mais recuados a subirem para se juntar aos homens da frente. A partir da meia hora de jogo, o FC Porto deixou de subir tanto numa altura inicial, posicionando-se assim num bloco médio. A pressão era na mesma intensa, mas apenas quando o AC Milan colocava o primeiro passe para dentro do bloco portista.

    Com bola, os azuis e brancos tentavam levar a bola rápido para a frente, com Taremi como lançador de Luis Díaz e Evanilson.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES 

    Diogo Costa (6)

    João Mário (5)

    Pepe (6)

    Chancel Mbemba (6)

    Zaidu Sanusi (4)

    Marko Grujic (8)

    Sérgio Oliveira (6)

    Otávio (5)

    Luis Díaz (7)

    Evanilson (6)

    Mehdi Taremi (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Vitinha (6)

    Francisco Conceição (5)

    Bruno Costa (5)

    Pepê (-)

    Toni Martínez (-)

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    Alexandre Matos
    Alexandre Matoshttp://www.bolanarede.pt
    O Alexandre é um jovem que estuda Ciências da Comunicação no Porto. Apaixonado por tudo o que seja desporto, encontra a sua maior obsessão no futebol. Como não tinha grande jeito para jogar, decidiu que o melhor era apostar no jornalismo desportivo. Amante incondicional de bom futebol, não tem medo de dar a sua opinião nem de ser polémico. Sendo qualidades inerentes à profissão que deseja exercer no futuro, rege-se pela imparcialidade e pelo critério jornalístico na sua escrita.