Club Atlético de Madrid 2-1 FC Porto: Estreia europeia com sabor amargo

A CRÓNICA: A VELHA SINA EUROPEIA

Depois dos triunfos portugueses de SL Benfica, ontem, e Sporting CP, esta tarde, Portugal tinha boas condições para entrar verdadeiramente com o pé direito nesta campanha de Champions. Pela frente, o FC Porto tinha o velho conhecido Atlético de Madrid de Diego Simeone. O jogo foi aquilo que toda a gente esperava destas duas equipas. O FC Porto a mandar, e o Atlético a apostar em contra-ataque.

Os dragões superiorizaram-se na primeira parte, apesar de muito equilibrada no que toca a chances de golo. A segunda parte foi diferente. Mais remates, jogo mais partido. Eustáquio obriga Oblak, que até esteve em dúvida para o jogo, a duas grandes defesas.

À medida que o tempo avançava, o conjunto luso subia mais no terreno. Isso obrigou a Simeone a colocar gelo na partida e mais elementos defensivos, face às investidas azuis e brancas.

Depois da lesão de Otávio, que saiu de maca, e da expulsão de Taremi, o jogo abriu mais. O Atlético ganhou mais liberdade, apesar de só ter tomado partido dela por duas vezes. As duas deram golo. O primeiro, logo a entrar nos descontos, Hermoso aproveitou um ressalto nas pernas de um defesa portista e a bola fez um perfeito chapéu a Diogo Costa. O jogador colchonero foi do céu ao inferno em minutos, pois cometeu grande penalidade momentos depois, ao jogar a bola com o braço. Uribe restabelecia alguma justiça ao marcador, para no último lance, Griezmann fazer o 2-1 final, após um canto em que a bola sobra para o espaço do segundo poste.

O FC Porto entrou em campo com o Carmo no lugar de Marcano e Zaidu de regresso ao elenco principal. Eustáquio assumiu novamente o miolo, e mais uma vez com bons sinais. Na frente, a dupla do costume, Taremi e Evanilson, apoiados por Galeno, à esquerda.

Os colchoneros alinharam com João Félix e Morata na frente, Koke e Saúl Niguez no meio-campo, fixos, e Llorente ia trocando no corredor com Molina. Witsel assumiu o esteio defensivo da equipa.

Os dragões foram melhores, com mais perigo, mais investidas, mais remates. Mas no futebol não é o melhor que leva os três pontos e os milhões para casa, é quem marca mais golos. Vai-se comprovando a sina do FC Porto na história recente da Champions. São precisas imensas oportunidades de golo para se marcar e muito poucas para se sofrer. Restam cinco jogos na fase de grupos, e é fazer pela vida porque só agora começou.

A FIGURA

Jan Oblak – Esteve em dúvida para o jogo de hoje, e mais valia ter ficado em casa. O guardião esloveno defendeu tudo o que podia e não podia, parecia um autêntico íman do esférico. No penálti lá mostrou ser humano, ao não conseguir defender o remate de Uribe, apesar de ainda ter tocado na bola. Quem tem um guarda-redes assim, ganhar jogos fica mais fácil.

 

O FORA DE JOGO

Mehdi Taremi Giménez Porto Atlético
Fonte: UEFA

Mehdi Taremi – A expulsão é a razão óbvia para a atribuição deste ‘prémio’. Levar um segundo amarelo por simulação é uma infantilidade, e não é a primeira vez que o iraniano é ingénuo ao ponto de ser expulso em jogos importantes de Champions. Deixou a equipa que estava por cima no jogo, para um período delicado.

ANÁLISE TÁTICA – CLUB ATLÉTICO MADRID

O Atlético alinhou em 5-3-2, com clara superioridade defensiva, um dos pontos estratégicos da era Simeone. Aliado a isso está o facto da velocidade dos alas e de João Félix, que tem ainda o fortúnio de ter técnica acima da média. Se duvidas houvesse, este jogo dissipou-as e comprovou que a manobra ofensiva dos colchoneros passa toda, ou quase toda, pelo português. Curiosamente, os dois golos dos espanhóis chegam após a saída de Félix, mas também já não havia Otávio na pressão defensiva, nem Taremi a baixar as linhas.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Oblak (8)

Molina (6)

Gimenez (6)

Witsel (7)

Mandava (6)

Carrasco (6)

Saúl (6)

Koke (7)

Llorente (6)

João Félix (6)

Morata (6)

SUBS UTILIZADOS

Lemar (6)

De Paul (6)

Griezmann (7)

Hermoso (6)

Correa (6)

ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

Os dragões alinharam no habitual 4-4-2, com Taremi e Evanilson na frente, ambos móveis, tanto a baixar linhas para zonas de pressão, como a ir às linhas laterais, se tal fosse necessário. Eustáquio assumiu o miolo e jogou em apoio com os dois da frente, combinando ainda com Galeno e Otávio, que jogaram mais nas alas. Pepê jogou novamente na lateral direita, mas sempre com o ‘chip’ de extremo, ora a tentar 1v1 ou a subir muito no terreno. A equipa portista jogou sempre em bloco, tanto a pressionar a primeira fase de construção do adversário, como a baixar as linhas para impedir ataques perigosos.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Diogo Costa (6)

Pepê (6)

Pepe (7)

David Carmo (6)

Zaidu (6)

Eustáquio (7)

Uribe (7)

Otávio (6)

Galeno (6)

Taremi (5)

Evanilson (6)

SUBS UTILIZADOS

João Mário (6)

Bruno Costa (6)

Toni Martínez (6)

Veron (-)

Francisco Macedo Amaral
Francisco Macedo Amaralhttp://www.bolanarede.pt
O Francisco é recém licenciado em Jornalismo e Comunicação e tem a paixão do jornalismo desportivo. Fim de semana perfeito é estar no sofá a ver tardadas de futebol. Gosta ainda de jogar e ver cinema.

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