Boavista 0-1 FC Porto: Há coisas que nunca mudam

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O FC Porto seguiu em frente na Taça de Portugal ao vencer, esta noite, no Estádio do Bessa, o Boavista por 0-1, nos quartos de final da Taça de Portugal. Brahimi fez o único golo de um dérbi com emoção e polémica à mistura que terminou com Helton como herói na equipa azul e branca.

Depois da goleada imposta no último domingo por 5-0 aos axadrezados, esperava-se um encontro totalmente diferente. Erwin Sanchez pediu uma resposta aos seus jogadores e, apesar das alterações – provocadas pelas várias lesões no plantel – a verdade é que a postura com que a equipa se apresentou em campo foi totalmente distinta. Do lado portista, Rui Barros optou por alterar o menos possível, fazendo apenas três alterações. Helton, Evandro e Varela entraram para o onze, substituindo Casillas, André André e Corona. Os primeiros minutos do dérbi trouxeram um Boavista transfigurado, tendo em Rúben Ribeiro a principal arma para chegar ao último terço do terreno. Os axadrezados entraram fortes mas, à medida que o ímpeto inicial desapareceu, os portistas começaram a tomar conta do jogo e os lances de perigo junto a Mika foram-se sucedendo.

Aboubakar, a cruzamento de Layún, e Evandro, a passe de Varela, criaram as primeiras oportunidades de golo. À terceira, Brahimi não perdoou e, pela esquerda, tirou os adversários do caminho até chegar ao golo inaugural do encontro. Como havia acontecido no encontro do campeonato, seria expectável que o golo desbloqueasse o jogo para os azuis e brancos. Isso acabou por não se traduzir em termos efetivos, tal foi a ineficácia que o FC Porto demonstrou esta noite. Marcano, num cabeceamento ao poste, e Herrera, num remate para excelente defesa de Mika, estiveram perto de um golo que terminaria com o jogo. Do outro lado, o cabeceamento de Rúben Ribeiro foi a única coisa que se viu do lado axadrezado no primeiro tempo.

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Herrera voltou a estar em bom plano esta noite
Fonte: Facebook FC Porto

A ineficácia portista haveria de voltar logo no início da segunda parte, quando Aboubakar, isolado perante Mika, rematou em cheio à trave da baliza contrária. Esse lance funcionou como um stop ao jogo ofensivo portista, tal foi a incapacidade demonstrada em criar perigo a partir desse momento. Sustentado num jogo físico e exageradamente agressivo, o Boavista foi subindo no terreno, usando e abusando das bolas longas para as costas da defesa azul e branca. O mau estado do relvado acabou por ajudar a que se tivesse assistido a um jogo muito mastigado e que o FC Porto nunca mais conseguiu controlar. A situação piorou quando Nuno Almeida, numa decisão manifestamente exagerada, decidiu expulsar Imbula por uma entrada perigosa do médio francês.

Com 25 minutos ainda por jogar, os boavisteiros quiseram aproveitar a vantagem numérica e foram para cima dos dragões. Apesar das oportunidades não terem abundado, a verdade é que o perigo continuava a rondar a baliza de Helton. O guarda redes brasileiro acabaria por assumir o papel de vilão e herói já perto do apito final do árbitro. Aos 89, Helton quis receber uma bola impossível e, só por incapacidade de Uchebo, é que não viu a sua fífia acabar com o golo do Boavista. Nas imagens, viu-se Helton frustrado consigo próprio por tamanho erro. No espírito de capitão, mal sabia o brasileiro que, já sobre o cair do pano, Martins Indi haveria de fazer uma grande penalidade ridícula que terminaria com Douglas Abner na marca dos onze metros. Com o espectro do prolongamento a pairar no Bessa, Helton decidiu puxar dos galões e, como em tantas outras ocasiões, salvou o dragão. Defesa espectacular a adivinhar para onde ia a bola e apuramento conquistado pelas luvas do capitão. Por muitos anos que passem, há mesmo coisas que nunca mudam. Helton provou-o.

 

Figura do Jogo:

Helton – Se o FC Porto está nas meias finais da Taça de Portugal, pode agradecer ao guarda redes brasileiro. No momento decisivo, Helton, como em tantas outras ocasiões, esteve lá. A defesa à grande penalidade de Abner põe os azuis e brancos mais perto do Jamor.

 

Fora de Jogo:

Imbula – É certo que a decisão de Nuno Almeida em expulsar o médio francês é manifestamente exagerada; mas também é verdade que, mais uma vez, Imbula passou completamente ao lado do jogo. Não aproveitou mais uma oportunidade e o seu espaço parece cada vez menor no FC Porto.

Redação BnR
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