CD Santa Clara 1-1 FC Porto: Um Empate à Regional

    A CRÓNICA: UM FC PORTO CANSADO E UM CD SANTA CLARA MOTIVADO

    Sábado de sol no Estádio de S. Miguel, onde o CD Santa Clara irá defrontar o FC Porto para a 11.ª Jornada da Primeira Liga. A equipa da casa encontra-se mais motivada, uma vez que na última partida venceu o FC Vizela por 1-0. Por outro lado, temos a equipa do Norte mais cansada após o jogo da Liga dos Campeões, onde venceu por 4-0, a meio da semana, numa partida bem disputada pela conquista pelos três pontos.

    O apito inicial soava e quase que no imediato o FC Porto mostrava o seu objetivo: marcar. Aos três minutos de partida, depois de um livre, Fábio Cardoso de cabeça inaugura o marcador.

    Os dragões continuavam a mostrar-se superiores na partida, a criar mais linhas de passe.

    Apesar do golo madrugador e de um Porto superior, a equipa da casa reagia, com iniciativa, mas sem materializar este espírito em oportunidades claras de golo. O Porto parecia talhado a querer resolver a partida no primeiro tempo.

    Antes do intervalo, fica ainda na retina um lance de perigo dos bravos açorianos onde num cruzamento a bola acabaria por passar ao lado da baliza de Diogo Gosta.

    Segunda parte começava com uma entrada impetuosa do Porto perante um Santa Clara também mais subido no terreno, a tentar criar constrangimentos no processo de construção de jogo dos dragões.

    Aos 67 minutos, o bravo Gabriel Silva viu uma alternativa e, sozinho, contra a muralha dos azuis e brancos, aponta a redondinha para a baliza de Diogo Costa que defende com alguma dificuldade.

    E quando tudo parecia ter acalmado no estádio de S. Miguel, a partir de um canto direto, aos 83 minutos, batido pelo recém-entrado Quintilla, Boateng cabeceia e faz o golo do empate, deixando os adeptos ao rubro.

    Até ao apito final a partida continuava a ferver. Ambas equipas procuravam os últimos minutos para atacar e tentarem uma última oportunidade de alterar o marcador, mas sem efeito. Apito final soava e estava feita a divisão de pontos no Estádio de S. Miguel, ficando, assim, a equipa da casa com 9 pontos, em lugar 15.º lugar e o FC Porto com 23 pontos, em 2.º lugar.

     

    A FIGURA

    Boateng Santa Clara
    Fonte: Cláudia Figueiredo/Bola na Rede

    Boateng – O central dos encarnados estreou-se a marcar na Primeira Liga e logo diante do campeão nacional. Se no plano ofensivo foi fundamental para somar um ponto, no plano defensivo foi um esteio, impedindo várias aproximações perigosas dos dragões, fazendo uso da sua impetuosidade e agressividade, no bom sentido do termo.

     

    O FORA DE JOGO

    FC Porto CD Santa Clara
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Evanilson- Não se pode dizer que o avançado brasileiro não tenha estado em campo, mas, nas vezes que apareceu na área para finalizar, foi demasiado perdulário na hora de fazer o golo. Os vários golos falhados acabaram por dar crença aos açorianos e, daí, até ao empate… foi um breve passo.

    ANÁLISE TÁTICA – CD SANTA CLARA

    O CD Santa Clara alinhou-se com o esquema tático 4-2-3-1. Mário Silva fez alinhar, novamente, o seu esquema tático predileto. Gabriel Silva, substituindo o titular crónico Marco, foi novamente titular. O quarteto defensivo foi composto por Sagna na lateral direita, MT adaptado na posição de lateral esquerdo. Já Boateng e Tassano compuseram o eixo central encarnado.

    Na frente, o duplo pivot defensivo foi ocupado por Bobsin e Adriano, com Bruno Almeida, a 10, a ser o elemento mais criativo do miolo. Nas alas, Ricardinho pela esquerda e Gabriel pela direita ficaram responsáveis por imprimir velocidade ao jogo dos açorianos e Tagawa, homem mais adiantado, procurou criar perigo junto à baliza de Diogo Costa.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Gabriel Batista (4)

    Boateng (5)

    Tagawa (Matheus Babi 59’) (4)

    Ricardinho (5)

    Christian Tassano (5)

    Bruno Almeida (5)

    Adriano (Rodrigo Valente 59’) (3)

    MT (Xavier Quintilla 74’) (4)

    Gabriel Silva (Rildo 70’) (6)

    Bobsin (5)

    Pierre Sagna (Andrézinho 74’) (5)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    Matheus Babi (Tagawa 59’) (5)

    Rodrigo Valente (Adriano 59’) (4)

    Rildo (Gabriel Silva 70’) (3)

    Xavier Quintilla (MT 74’) (4)

    Andrézinho (Pierre Sagna 74’) (4)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    FC Porto alinhou-se com o esquema tático 4-4-2. Depois da contundente vitória na Liga dos Campeões, Sérgio Conceição fez alterações no xadrez dos azuis e brancos. Diogo Costa manteve-se como guardião das redes dos dragões, tendo à sua frente um quarteto composto por Pepê, adaptado a lateral direito, Zaidu a procurar imprimir velocidade no corredor esquerdo e, de novo, a dupla de centrais com Fábio Cardoso e David Carmo.

    No eixo central do meio-campo fizeram dupla Bruno Costa e Uribe, coadjuvados por Otávio que, apesar de encostado à ala, fletia muitas vezes para terrenos mais interiores, ajudando a fortalecer o meio-campo dos portistas. Na ala esquerda, por sua vez, surgia o irreverente e vertical Galeno. Na frente, a dupla do costume foi formada por Taremi, que deambulou em todas as posições do ataque e Evanilson.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (5)

    Fábio Cardoso (6)

    David Carmo (2)

    Mateus Uribe (5)

    Taremi (6)

    Pepê (Loader 90’+3’) (6)

    Zaidu (Grujic 90’+3’) (4)

    Galeno (Gonçalo Borges 80’)

    Otávio (4)

    Bruno Costa (Rodrigo Conceição 69’) (4)

    Evanilson (Toni Martinez 69’) (2)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    Rodrigo Conceição (Bruno Costa 69’) (3)

    Toni Martinez (Evanilson 69’) (3)

    Gonçalo Borges (Galeno 80’) (-)

    Grujic (Zaidu 90’+3’) (-)

    Loader (Pêpê 90’+3’) (-)

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Porto

    Sérgio Conceição não compareceu na conferência de imprensa.

    CD Santa Clara

    Bola na Rede: O Santa Clara na segunda parte apareceu em campo mais pressionante e aguerrido. A subida no terreno e a mudança competitiva foram a chave para o importante ponto somado?

    Mário Silva: A nossa estratégia era jogar em bloco médio baixo. No momento do ganho queríamos explorar corredor lateral ou o corredor lateral do lado oposto. A nossa transição ofensiva era muito diferente.

    O Porto joga muito com os seus laterais e foi por aí que tentamos jogar. Não nos remetemos ao processo defensivo e tínhamos de tirar linhas.

    O Porto teve supremacia na primeira parte, na segunda foi mais equilibrado, conseguimos estar mais confortáveis. Nunca perdemos o objetivo de contra-atacar, mas também sofremos.

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    Raquel Roque
    Raquel Roquehttp://www.bolanarede.pt
    A Raquel vem dos Açores, do paraíso no meio do Oceano Atlântico. Está a concluir a licenciatura em Estudos Portugueses e Ingleses. Guarda os clássicos da literatura, a Vogue e os jornais desportivos na mesma prateleira.                                                                                                                                                 A Raquel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.