CD Santa Clara 3-1 FC Porto: Histórico Passo Nos Açores

    A CRÓNICA: Onde estão os homem golo do Porto?

    Terça feira de Futebol nos Açores junta CD Santa Clara e o FC Porto para um importante duelo para a Taça da Liga. Para o CD Santa Clara, a vitória permite passagem direta para a Final Four, por outro lado; em caso de empate, fica refém do resultado entre a equipa do norte e o Rio Ave.

    Começava a primeira parte e o Porto entrava por cima na partida e a tentar ser o mais rápido a chegar à área, no entanto a equipa da casa procurava não se esconder e sair a jogar. Com essa premissa, o jogo acabava por se centrar a meio campo e sem deixar grande oportunidade para o Porto avançar.

    A vontade de dar tudo em campo ficou visível quando, através dum canto batido por Sagna, Chindris consegue afastar-se da confusão, dá meia volta e atira a redondinha para o fundo das redes de Marchesín, fazendo o golo inaugural da partida. Minutos depois, Morita ainda tenta a sua sorte, mas sem sucesso.

    Apesar da equipa do Norte conseguir chegar à baliza dos açorianos, as várias tentativas de marcar acaba por sair por cima da baliza do atento Ricardo. Ao intervalo temos muito movimento de bola, partida intensa e jogo partido; sem dúvida, um jogo impróprio para cardíacos com um resultado inesperado.

    A segunda parte começava com um Porto refrescado devido às substituições ao intervalo. No início da segunda parte, o jogo continua partido, mas com os azuis e brancos a conseguirem destacar-se e a chegar mais facilmente à baliza dos bravos açorianos.

    E quando tudo parecia estar calmo, eis que Morita recebe a bola, passa-a a Luis Phylipe que a entrega a Ricardinho, que faz o segundo golo da partida deixando o Estádio de S. Miguel ao rubro.

    Os dragões continuam a pressionar e a tentar marcar na baliza açoriana mas, sempre que o fazem, a bola acaba por sair ao lado. “Tem de entrar” deveria estar a pensar Taremi quando se desenlaça da defesa açoriana e marca num frente a frente, aos 83 minutos, com o guardião açoriano.

    Tempo a esgotar-se e o que parecia consumado veio a reiterar-se. Já em tempo complementar, Anderson Carvalho recebe, entrega para Néné e este só tem de encostar e, assim, faz o terceiro golo da partida estreando-se a marca.

    Esta foi, sem dúvida, uma partida difícil, frenética e imprevisível. Desta forma, o Porto acaba por ficar a caminho de Leiria, já o Santa Clara continua na Taça da Liga, num jogo histórico que ficará, sem dúvida, na historia do clube.

    A FIGURA
    CD Santa Clara FC Porto
    Fonte: FC Porto

    Ricardinho – O pequeno mago redimiu-se da exibição mais apagada diante do Famalicão. Encheu o campo com critério e qualidade técnica. O golo veio coroar uma exibição de luxo.

    O FORA DE JOGO

    CD Santa Clara FC Porto
    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Luis Díaz-  Um dos homens golos do FC Porto não esteve nos seus dias e falhou repetidamente oportunidades de golo claras que seriam fundamentais para a sua equipa arrecadar a vitória e continuar na competição.

    ANÁLISE TÁTICA – CD SANTA CLARA

    O Santa Clara alinhou-se em 4-2-3-1. A turma de Nuno Campos usou uma linha de quatro clássica. Destaque para a estreia de Chindris, central romeno que marcou o primeiro golo do jogo. Sagna jogou na lateral direita, João Afonso acompanhou Chindris e Paulo Henrique jogou com defesa esquerdo, ajudando a linha defensiva.

    Nené e Morita fecharam o miolo do terreno. Mohebi estreou-se como titular na ala. Rui Costa jogou no lado oposto e Ricardinho jogou nas costas do ponta de lança Luiz Phellype.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ricardo Fernandes (6)

    João Afonso (3)

    Chindris (4)

    Paulo Henrique (4)

    Nené (3)

    Morita (5)

    Luiz Phellype (3)

    Mohebi (3)

    Rui Costa (3)

    Pierre Sagna (3)

    Ricardinho (5) 

    SUBS UTILIZADOS

    Lincoln (Rui Costa 66’) (4)

    Allano (Luiz Phellype 66’) (3)

    Jean Patric (Ricardinho 71’) (3)

    Mansur (Pierre Sagna 78’) (4)

    Anderson Carvalho (Morita 78’) (4)

    ANÁLISE TÁTICA – FC Porto

    O FC Porto alinhou-se, também, em 4-2-3-1. Marchesín regressou a titular. Nanu atou na lateral direita, Manafa jogou mais na esquerda. Marcano e Mbemba actuaram no eixo central defensivo. Bruno Costa e Grujic preencheram o miolo do terreno com o sérvio a atuar em posições mais recuadas.

    Pepe e Corona procuraram dar verticalidade ao jogo dos dragões. Fábio Vieira foi o maestro nas costas de Toni Martinez, homem mais adiantado da equipa azul e branca.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Marchesín (3)

    Marcano (4)

    Pepê (Otávio 46’)(3)

    Marko Grujic (Evanilson 69’) (3)

    Tecatito Corona (Luis Diaz 46’) (3)

    Wilson Manafá (3)

    Mbemba (3)

    Bruno Costa (Sérgio Oliveira 46’) (3)

    Toni Martinez (Taremi 65’) (4)

    Nanu (2)

    Fábio Vieira (2)

    SUBS UTILIZADOS 

    Sérgio Oliveira (Bruno Costa 46’) (4)

    Otávio (Pepê 46’) (4)

    Luis Diaz (Tecatito Corona 46’) (2)

    Taremi (Toni Martinez 65’) (4)

    Evanilson (Marko Grujic 69’) (3)

    BnR na CONFERÊNCIA

    CD SANTA CLARA

    BnR:  Qual a importância desta vitória para a moral da equipa?

    Nuno Campos:  É muito importante e histórica. É a primeira vez duma equipa como o Porto a perder em competições internas, é uma equipa muito forte.

    Fizemos um grande jogo, demonstramos que, coletivamente, somos fortes, unidos e estivemos juntos.

    FC Porto

    BnR:  Jogo difícil em que a bola não entra. O que faltou a este Porto?

    Sérgio Conceição: Faltou eficácia ofensiva e, defensivamente, precisávamos de ser mais assertivos. A nível individual cometemos erros, o que deixou o jogo mais difícil. Jogamos mais com o coração e menos com a cabeça. Mas estes erros não tiram o mérito do jogo que o Santa Clara fez.

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Raquel Roque
    Raquel Roquehttp://www.bolanarede.pt
    A Raquel vem dos Açores, do paraíso no meio do Oceano Atlântico. Está a concluir a licenciatura em Estudos Portugueses e Ingleses. Guarda os clássicos da literatura, a Vogue e os jornais desportivos na mesma prateleira.                                                                                                                                                 A Raquel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.