Deu empate (com derrota nas grandes penalidades) a participação do FC Porto na Super Copa Tecate, diante de um Cruz Azul muito mais adiantado na preparação. Com as dificuldades físicas próprias desta fase, o novo dragão já mostrou, a espaços, o cunho pessoal de Sérgio Conceição.
Os erros foram nota dominante durante praticamente toda a partida e o controlo da mesma foi quase religiosamente repartido. No que ao FC Porto diz respeito, destaque para a pressão alta exercida em bloco pela equipa, condicionando a saída curta por parte do adversário. No ataque, a nova ordem é clara: rematar, rematar, rematar. Um claro corte com o passado recente. O futebol rendilhado também parece ser coisa de outros tempos. Este dá mostras de ser um FC Porto mais objetivo e decidido a descobrir o caminho mais rápido para chegar à baliza adversária. Notas que carecem de confirmação nos próximos jogos.
A título de curiosidade, nas grandes penalidades marcaram para o FC Porto Sérgio Oliveira e Herrera, já João Carlos Teixeira, Rafa e Indi desperdiçaram as oportunidades.
COMO COMEÇOU: Casillas, Ricardo, Felipe, Marcano, Alex Telles, Mikel, Óliver, Brahimi, Corona, Otávio e Soares.
COMO ACABOU: José Sá, Maxi, Jorge Fernandes, Indi, Rafa, Sérgio Oliveira, Herrera, João Carlos Teixeira, Layún, Galeno e Aboubakar.
Como jogaram os “novos”:
Ricardo: Não comprometeu a defender, assinando algumas interceções importantes, procurando, sempre que possível, acompanhar o ataque, com algumas incursões perigosas pelo lado direito.
Rafa: Jogou a última meia hora, período no qual o FC Porto exerceu maior domínio sobre o adversário. Conseguiu algumas combinações interessantes pelo lado esquerdo do ataque, essencialmente ao primeiro toque, criando desequilíbrios na defensiva mexicana. Falhou um penalti.
Indi: À imagem do companheiro, não teve sorte da marca dos onze metros. Já durante a partida esteve sempre seguro a trocar a bola na zona defensiva, não cedendo à pressão alta do adversário.
Jorge Fernandes: Jogou os últimos dez minutos e não comprometeu.
Mikel: Jogou toda a primeira parte mas deu pouco nas vistas. Se a atacar poucas vezes o jogo passou pelos seus pés, a defender conseguiu travar um ou outro ataque do Cruz Azul.
Sérgio Oliveira: Importante na segunda parte, ajudando a equipa a ter maior domínio e oferecendo maior critério na troca de bola. Destaque para um passe a rasgar a defesa que deixou Hernâni em boa posição.
Hernâni: Por duas vezes teve oportunidade de abrir a contagem mas o peso nas pernas era evidente e o discernimento já não abundava. Formou com Galeno uma dupla temível na exploração das costas da defesa contrária.
Galeno: À imagem do seu companheiro, precisa de mais algum tempo até chegar à sua melhor forma. Só isso explica que não tenha feito o gosto ao pé pelo terceiro jogo consecutivo. Oportunidades não faltaram.
Aboubakar: Praticamente não teve bola e, à exceção de um remate à entrada da área desviado por um defesa, pouco mostrou no ataque. Foi, contudo, importante na defesa dos lances de bola parada, já na parte final do encontro.
Foto de Capa: FC Porto
artigo revisto por: Ana Ferreira