De empate em empate nos Clássicos, a liderança foge | FC Porto

    Enquanto que o último clássico de sábado, que resultou num empate frente o Sporting CP, ainda é discutido entre adeptos e comentadores desportivos, proponho outro debate ainda mais preponderante para aquilo que é a presente temporada para o FC Porto, o insucesso nos Clássicos contra os clubes da capital.

    A verdade é que em 2020/21 foi a primeira vez que os Dragões empataram os três primeiros clássicos, em quatro possíveis para o campeonato. Para analisarmos os encontros teremos de recuar ao mês de outubro, num jogo contra os Leões onde os portistas saíram o intervalo a vencer o encontro por duas bolas a uma. No entanto, os verdes e brancos atacaram a segunda parte e perto dos 90’ fizeram o golo do empate.

    Já no ano presente, em janeiro, chegou a vez do SL Benfica. O enquadramento tático de Jorge Jesus apanhou o Porto de surpresa, e, como tal, a adaptação ao encontro foi mais demorada para Sérgio Conceição. Ainda assim, tal como no jogo acima referido, foram os visitantes a marcar primeiro. Numa fase do encontro em que era obrigatório uma resposta por parte dos portistas, essa aconteceu pelos pés do Taremi após uma jogada individual de Corona resultante em golo. O encontro seguiu com muita vontade dos dois lados para ganhar, mas sem resultado.

    No sábado passado, no encontro do tudo ou nada pelo campeonato português, contra o atual líder do campeonato, desta vez com menos golos, o jogo está ligado à excelente organização defensiva dos leões, acabando com um novo empate para os dois conjuntos.

    Esta é uma estatística preocupante para as aspirações desportivas do clube. Vejamos, os confrontos com os adversários teoricamente fortes, além de jogos complicados, têm de ser abordados com um único intuito, a vitória. Quando esta não é conseguida, é totalmente credível olhá-lo como um insucesso.

    É o espelho de uma época e das prestações dos mandados de Sérgio Conceição, o conjunto que nem sempre nos deslumbra pela criatividade e capacidade de criar jogadas. Quando se depara com conjunto de valor aproximado ao seu, tem poucas hipóteses de surpreender, e taticamente está muito dependente de jogadores como Corona, Sérgio Oliveira e Otávio que conseguem trazer novas dinâmicas para dentro de campo. Com a tendência de amadurecimento por parte de Francisco Conceição, a equipa recebe mais um reforço para esta vertente de jogo criativo.

    Claro que não é pelos empates neste tipo de jogos que o clube está longe do objetivo inicial, o bicampeonato, mas demonstra bem a capacidade das equipas em anular os pontos fortes do FC Porto. Ainda falta talvez uns dos Clássicos mais mediático em Portugal, os Dragões contra as Águias, que se defrontam em maio, altura em que pode estar em causa a entrada para a liga milionária.

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    Ricardo Rafael Silva
    Ricardo Rafael Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Ricardo Rafael é um jovem estudante de ciências da comunicação e adepto do FC Porto. Olha para o futebol sempre com ar crítico e procura ver o melhor do desporto.