Passa o tempo e Diogo Leite não se afirma, os tempos em que chegou da equipa B com grandes perspetivas de futuro já lá vão e a estagnação impera para o jovem central. O estatuto de “promessa”, nesta altura, está ultrapassado.
A verdade é que o jogador apresenta características promitentes para a posição: é esquerdino (algo que funciona perfeitamente numa dupla de centrais), alto e competente no jogo aéreo. Todavia, peca pela falta de atenção que, por vezes, demonstra nos jogos e também pela aparente incapacidade de aguentar os encontros em que a pressão é mais alta. Quando não se deixa o corpo e a alma no jogo, algo tem de mudar, aliás, na sua posição, estas fragilidades pagam-se caro e o treinador não perdoa.
Neste momento, e com a sensação de mágoa digo que: Diogo Leite, que em momentos era visto como o principal candidato para “patrão” da defesa, não fomenta as características necessárias para assumir a titularidade regular no atual campeão nacional – o último jogo dos dragões contra o Boavista FC, é a prova desta afirmação – engane-se quem acha que irei fazer do jogador o “patinho feio” da equipa, entendo que quando um falha, falham todos de igual forma.
Aos 22 anos, ainda tem muito para oferecer ao futebol e a progressão é o único sentido. Progressão essa que infelizmente não vai acontecer no FC Porto. Sair do clube é a única forma do jogador conseguir atingir o potencial que uma vez lhe fora designado, para uma equipa com menos objetivos do que os dragões, na qual o jogador possa acumular jogos enquanto titular para poder evoluir e ganhar confiança, algo que tem falhado.
Para os adeptos esta é uma verdade dura de aceitar, ver um dos meninos prodígios da formação não atingir realmente o máximo das duas virtudes, é um duro golpe.
Foto de capa: FC Porto
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão