Dois tiros à esquerda | FC Porto

    O mercado de transferências abriu oficialmente no dia 1 de julho, no entanto para o FC Porto o ritmo das transferências ainda é de cruzeiro… Apesar das entradas a registar de Fábio Cardoso, proveniente do CD Santa Clara, e do regresso de Bruno Costa, que teve a temporada passada no FC Paços de Ferreira.

    Durante muito tempo houve a incerteza da continuidade de Sérgio Conceição no comando técnico dos dragões, contudo, no final, acabou por firmar um novo contrato. Muito se disse e muito se escreveu sobre a sua renovação, sendo que acabou por aceitar seguir a sua carreira no clube do coração com a promessa de que ia ter um investimento considerável no plantel. Verdade ou não esta premissa, apenas os dois intervenientes, Sérgio Conceição e Pinto da Costa, saberão.

    FC Porto
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Por sua vez, pelas informações avançadas pela comunicação social, os azuis e brancos parecem ter bem definidos os principais alvos de mercado, ou seja, a mira parece estar apontada para sentidos bem delineados, como é o caso da contratação em definitivo de Marko Grujic, do Liverpool FC, Matias Viña, do Palmeiras e de Alfredo Morelos, do Rangers FC.

    Desejos caros de Sérgio Conceição, pois só aqui devem estar perto de 45 milhões de investimento, ou até um pouco mais. Contudo, a situação de mercado do FC Porto parece estar em águas de bacalhau, pois o emblema nortenho necessita de receitas e até agora não realizou nenhum encaixe que seja de registar.

    Como se sabe, os portistas estiveram perto de encaixar 40 milhões de euros com as saídas quase certas de Sérgio Oliveira e de Vitinha, mas à última da hora, ambos os movimentos não se confirmaram e como se costuma dizer, a direção azul e branca ficou com os dois atletas nos braços.

    A realidade em Portugal não permite, apesar de que devia permitir, regra geral, que um clube vá ao mercado e invista desesperadamente antes de conhecer as suas receitas. Se o fizer, o resultado final pode ser desastroso, como foi o caso do FC Porto de 2016, que teve de ser intervencionado pelo Fair Play Financeiro da UEFA.

    A sensivelmente 4 semanas de começar a verdadeira competição, a Liga Portuguesa, nunca é um cenário que agrade a adeptos e ao treinador, porém é uma realidade que tem assombrado o FC Porto. Bastar recordar, em 2019, que Marchesin estreou-se com a camisola azul e branca praticamente sem nenhum treino.

    Deste modo, apesar de se poder culpar a direção portista pela situação financeira delicada em que se encontra o clube, neste caso específico é o mercado que dita as regras do jogo e o FC Porto ainda está à espera de poder lançar os seus dados.

    Atualmente, a realidade não é animadora e não parece haver nenhum deslumbre que a situação comece a endireitar. Porém, também ninguém sabia da existência de Fábio Cardoso e acabou por acontecer. Que o silêncio seja um bom pronuncio para o resto de mercado, pois os dragões bem precisam dele.

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    Diogo Ataíde
    Diogo Ataídehttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo “respira” futebol desde que se conhece, tendo estado sempre ligado a este mundo da bola, onde sofre pelas cores azuis e brancas do FC Porto. Agora, estudante de direito, é através da escrita que encontra o espaço ideal para continuar ligado a este universo sem par.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.