Everton 1-1 FC Porto: “Só” falta juntar 1+1 para dar 2

eternamocidade

O FC Porto somou o segundo empate consecutivo na pré-temporada esta tarde no Goodison Park, em Liverpool. Frente à equipa do Everton, quinta classificada da Premier League na última temporada, a formação de Julen Lopetegui deixou, no entanto, bons pormenores, apesar do empate a uma bola.

No onze inicial, o técnico espanhol optou por cinco caras novas comparativamente à última época. Na defesa, destaque para a estreia de Bruno Martins Indi no onze titular, dando assim lugar à dupla que, muito provavelmente, será a escolhida para atacar o início do campeonato: Maicon e Martins Indi. No meio-campo, o jovem Rúben Neves manteve-se como o trinco da equipa, tendo Evandro e Herrera como companheiros de sector. No ataque, Lopetegui optou por colocar três homens com mobilidade: Óliver Torres, que partiu da faixa direita mas passou grande parte dos primeiros 45 minutos na zona central, Ricardo Quaresma e Ádrian López, que raramente criou perigo junto aos centrais ingleses no primeiro tempo. Aliás, a primeira parte teve poucos momentos de destaque junto a ambas as balizas. A equipa do Everton apenas ia criando perigo a espaços, com as subidas dos laterais Baines e Hibbert, enquanto o FC Porto ia controlando a bola mas não conseguia aproximar-se da baliza inglesa. Por isso, a coesão do meio-campo portista foi o grande motivo de destaque no primeiro tempo, com Rúben Neves a jogar de forma simples e prática, colocando de lado qualquer pressão por vestir a camisola azul e branca apenas com 17 anos. Ainda assim, e quando o intervalo já se aproximava, Fabiano decidiu entregar o “ouro ao bandido” e permitir a McGeady servir Naismith para o primeiro golo da partida, aos 42 minutos. Ao intervalo, os portistas perdiam sem que nada o justificasse, apesar do futebol demasiado lento apresentado na primeira parte.

Jackson está de volta Fonte: Zerozero/ Catarina Morais
Jackson está de volta
Fonte: ZeroZero/ Catarina Morais

Ao intervalo, Lopetegui retirou Óliver e Quaresma do onze, colocando nos seus lugares Brahimi e Jackson Martinez. E, apesar de o espanhol e o português até terem feito uma boa primeira parte, certo é que o argelino e o colombiano vieram revolucionar o jogo ofensivo portista, permitindo aos azuis e brancos um maior pragmatismo na hora de chegar com perigo à baliza de Robles. O futebol portista passou a ser mais rápido e incisivo, e as entradas Tello, Casemiro e Quintero acabaram por dar um outro perfume ao futebol azul e branco. Por isso, não foi de estranhar o golo do empate alcançado por Jackson Martinez aos 57 minutos, depois de uma assistência primorosa de Herrera. Na melhor fase da equipa portuguesa na partida, Jackson e Brahimi tiveram aos 69 minutos a reviravolta nos pés mas acabaram por não ser eficazes. Até ao final do encontro, as entradas de Carlos Eduardo, José Ángel, Diego Reyes e Opare serviram apenas para dar minutos de jogo a quase todos os elementos do plantel e permitir algumas experiências. Apesar de ter sido o segundo empate consecutivo, este foi um FC Porto completamente distinto daquele que se tinha visto no último domingo no Dragão. Depois de uma exibição desgarrada e sem brilho, hoje viu-se uma equipa coesa defensivamente na primeira parte e com qualidade e pragmatismo ofensivo no segundo tempo. Há ainda trabalho para fazer e processos para serem assimilados, mas, pelo que se viu esta tarde, Lopetegui tem muito e bom material para conseguir os objetivos pretendidos. Ainda que pareçam faltar um número seis, um central e um ponta de lança para disputar o lugar com Jackson, os dragões saem da cidade dos Beatles com uma orquestra bem afinada, tendo em conta a fase da pré-época.

A Figura

Brahimi – O argelino entrou ao intervalo e rapidamente mostrou o porquê de ter sido uma das figuras da sua seleção no Mundial. Transporte de bola acima da média, qualidade técnica inegável e uma capacidade para criar desequilíbrios no último terço do terreno que podem ser fundamentais ao longo da temporada.

O Fora-de-Jogo

Ádrian López – O espanhol voltou a ter muitos problemas para criar perigo na defesa contrária. Parece claramente um corpo estranho enquanto número “nove”, e por isso é cada vez mais nítido que Jackson precisa de um substituto à altura no plantel. Jiménez parece ser o homem certo.

Redação BnR
Redação BnRhttp://www.bolanarede.pt
O Bola na Rede é um órgão de comunicação social desportivo. Foi fundado a 28 de outubro de 2010 e hoje é um dos sites de referência em Portugal.

Subscreve!

Artigos Populares

Fenerbahçe de José Mourinho garante reforço de luxo para a frente de ataque

Já está fechada a contratação de Jhon Durán para o Fenerbahçe. O avançado colombiano vai ser emprestado pelo Al Nassr.

Presidente do Inter Milão arrasa jogador após derrota: «Se houver condições para a sua saída, fá-lo-emos com zero problemas»

O presidente do Inter Milão, Giuseppe Marotta, arrasou Hakan Çalhanoglu, após a derrota da equipa italiana frente ao Fluminense no Mundial de Clubes 2025.

Sporting começa a trabalhar esta terça-feira: estão prometidas várias novidades

O Sporting vai começar a pré-temporada durante esta terça-feira, com vários jogadores a não marcarem presença nos trabalhos.

André Villas-Boas define objetivo para Francesco Farioli

Francesco Farioli deverá ser apresentado em breve como o novo treinador do FC Porto, sucedendo a Martín Anselmi.

PUB

Mais Artigos Populares

Vitória SC confirma contratação de Juan Castillo

Juan Castillo foi confirmado durante esta segunda-feira como o mais recente reforço do Vitória SC. O jogador atua como guarda-redes.

Fluminense surpreende e elimina Inter Milão do Mundial de Clubes 2025

O Fluminense qualificou-se para os quartos de final do Mundial de Clubes 2025, depois de vencer o Inter Milão por 2-0.

Renato Paiva reage ao despedimento: «Estou chocado»

Renato Paiva foi despedido do comando técnico do Botafogo durante esta segunda-feira, depois da eliminação do Mundial de Clubes 2025.