FC Porto 0-2 Chelsea FC: tarefa dificultada na Liga dos Campeões

    A CRÓNICA: EFICÁCIA DOS BLUES DIFICULTA OBJETIVO DOS AZUIS E BRANCOS

    Num Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, em Sevilha, camuflado de Estádio do Dragão, o FC Porto “recebeu” o Chelsea FC naquela que foi a primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. Com a armada azul e branca portuguesa a querer repetir o feito alcançado na eliminatória anterior e passar à próxima fase e uma armada azul e branca inglesa a querer fazer esquecer o último resultado alcançado na sua Liga frente ao West Bromwich Albion FC (onde perderam por 5-2) e voltar à caminhada sem perder que tiveram durante 15 jogos. Esperava-se um jogo aguerrido – não fosse no maior palco europeu que é a Liga dos Campeões. O objetivo de ambas as equipas acabava por ser o mesmo: o de vencer e estar mais próximo da meia-final da competição. Notavam-se também algumas ausências importantes do lado dos Dragões. Sérgio Conceição viu-se desfalcado com a ausência de Sérgio Oliveira e Taremi.

    Foi uma primeira parte algo morna. Com um FC Porto bastante pressionante a nível defensivo, dificultando o processo de construção de jogo do Chelsea FC, as oportunidades pecaram algo por escassas.

    Os azuis e brancos foram algo superiores durante os primeiros 25 minutos, tentando aproximar-se o máximo possível da baliza de Edouard Mendy, mas sem criar ocasiões flagrantes de golo. Quem acabou mesmo por fazer acontecer foram os azuis de Inglaterra.

    Aos 32 minutos, depois de um passe de Jorginho entrelinhas em Mason Mount, que rodou de forma sublime em cima de Zaidu, para rematar para o fundo das redes de Marchesín, inaugurando assim o marcador a favor do Chelsea FC e colocando a equipa em vantagem na eliminatória e no encontro. O golo surgiu naquela que foi a melhor fase dos blues durante a primeira parte, aproveitando o espaço entre a linha defensiva e média.

    A melhor ocasião dos dragões surgiu aos 42 minutos pela cabeça do central do costume. Na sequência de um canto, Pepe tentou cabecear para o golo do empate, mas foi-lhe impossibilitado por Edouard Mendy.

    Chegado o intervalo, esperava-se um refrescar das ideias do FC Porto, apesar de ter estado competente a nível defensivo, mesmo faltando alguma competência no ataque. Estes fatores foram-se demonstrando ao longo daquilo que foi a segunda parte do encontro. Enquanto que na primeira parte existiu uma pressão na primeira fase de construção de jogo do Chelsea FC, nos minutos iniciais da segunda já existiu uma leveza maior com o Chelsea FC já a conseguir construir.

    Aos 56 minutos, surgiu novamente uma grande oportunidade para o FC Porto. Através de um remate à meia distância, Luis Díaz teve nos pés mais uma ocasião de poder empatar a partida, mas a bola acabou a passar ao lado do poste da baliza do Chelsea FC. Acabou por ser um boost de confiança que levou a equipa de Sérgio Conceição a crescer no jogo novamente.

    Aos 71 minutos, o FC Porto reclamou uma grande penalidade após uma falta sobre Moussa Marega dentro da grande área, mas o árbitro Slavko Vincic mandou seguir jogo.

    Com o resultado estanque e o jogo sem grande história a partir desse momento, ambos os treinadores optaram por refrescar os setores atacantes. Cedo se notaram essas alterações com Pulisic a marcar o primeiro ponto no crossbar challenge.  Posto isso, no minuto a seguir, Chillwell aumentou a vantagem do Chelsea FC. A faltarem apenas cinco minutos para o final do encontro, Corona rececionou mal a bola e o jogador dos blues levou a bola até à área, ultrapassou Marchesín e concretizou o segundo golo da equipa de Thomas Tuchel.

    O último lance de possível golo veio de um livre batido por Fábio Vieira que acabou por não ser concretizado, deixando tudo como estava. O Chelsea FC parte, assim, em vantagem por 2-0 para a segunda mão da eliminatória e os Dragões tentam manter a chama da esperança ativa.

    A FIGURA

    Mason Mount – Um dos homens com mais importância do Chelsea FC. Com grande influência no processo ofensivo dos blues, também tendo marcado o primeiro golo e criado algumas oportunidades fundamentais.

    O FORA DE JOGO

    Consistência ofensiva do FC Porto – Faltou este fator naquilo que foi o jogo dos dragões. Mesmo tendo sido resultado da forma como jogou o Chelsea, existiu alguma consistência ofensiva por parte do FC Porto que dificultou todo o desenrolar do jogo e o objetivo que os azuis e brancos tinham para esta partida.

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

     Com bastantes dúvidas em cima na mesa, antes do encontro, dadas as ausências bastante importantes com as quais o FC Porto teria de lidar na partida frente aos blues, Sérgio Conceição acabou por esclarecer tudo.

    O onze inicial dos dragões apresentou-se montado num 4-3-3, conseguindo colmatar as ausências de Sérgio Oliveira e Mehdi Taremi. Na defesa alinharam Pepe e Chancel Mbemba na zona central, com Zaidu e Manafá a ocupar as alas. Até aqui, não existiria problema.

    Com alguns pontos de interrogação em sobre quem alinharia no meio-campo, o técnico dos dragões optou por escolher Marko Grujic e manter Matheus Uribe, para ajudar no processo defensivo e também na construção de jogo.

    Na frente, mesmo sem Mehdi Taremi, poucas dúvidas restavam. Otávio e Corona voltaram a assumir as suas posições (apesar deste último estar algo recuado), com Moussa Marega a ocupar o lugar de sempre, desta vez acompanhado por Luis Díaz.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES 

    Marchesín (6)

    Wilson Manafá (6)

    Pepe (6)

    Chancel Mbemba (6)

    Zaidu Sanusi (5)

    Marko Grujic (6)

    Matheus Uribe (6)

    Otávio (5)

    Jesus Corona (5)

    Luis Diaz (6)

    Moussa Marega (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Francisco Conceição (6)

    Toni Martínez (6)

    Fábio Vieira (6)

    ANÁLISE TÁTICA – CHELSEA FC

    Como tendo vindo a ser característico do Chelsea FC de Thomas Tuchel, a equipa inglesa apresentou-se num 3-4-2-1, com o meio-campo bem ocupado e Timo Werner a ser o ponta de lança de serviço.

    Edouard Mendy foi, mais uma vez, o guarda-redes de eleição e a linha defensiva acabou montada pelos três centrais habituais: Azpilicueta, Christensen e Rudiger.

    No meio-campo alinharam os restantes jogadores, com a exceção de Kai Havertz e Mason Mount, jogadores que acrescentaram uma enorme profundidade ao jogo ofensivo do Chelsea FC, que atuaram na ajuda ao homem mais avançado no terreno: Timo Werner.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Edouard Mendy (6)

    Azpilicueta (6)

    Christensen (6)

    Rudiger (6)

    Reece James (7)

    Jorginho (6)

    Mateo Kovacic (6)

    Chillwell (7)

    Mason Mount (7)

    Timo Werner (6)

    Kai Havertz (6) 

    SUBS UTILIZADOS

    Christian Pulisic (6)

    Olivier Giroud (6)

    Thiago Silva (5)

    N’Golo Kanté (6)

    Emerson (6)

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Andreia Araújo
    Andreia Araújohttp://www.bolanarede.pt
    A Andreia é licenciada Ciências da Comunicação, no ramo de Jornalismo. Depois de ter praticado basquetebol durante anos, encontrou no desporto e no jornalismo as suas maiores paixões. Um dos maiores desejos é ser uma das vozes das mulheres no mundo do desporto e ambição para isso mesmo não lhe falta.