Falta cabeça na finalização (menos a Pepe) | FC Porto 2-0 Royal Antuérpia FC

    A eficácia em bola corrida continua a aludir os dragões, que, no entanto, encontraram na bola parada forma de resolver um encontro que ambas as equipas tornaram mais difícil do que o previsto para o FC Porto. Os azuis-e-brancos ainda não tinham apontado golos de bola parada nesta Champions. Frente ao Antuérpia, foi de grande penalidade e de canto – pela cabeça do capitão Pepe – que os dragões marcaram, colocando já dois vistos nesse parâmetro do jogo.

    Que, de resto, é um parâmetro que vai ganhar muita relevância para os dragões se a ineficácia (por vezes escandalosa) no último terço persistir. Os dragões nesta partida não criaram tanto como deviam, é certo, mas criaram o suficiente para ganhar com muito mais tranquilidade do que o que sucedeu.

    Sobretudo depois da entrada de Francisco Conceição – não tanto pela prestação individual do português, mas pela nova abordagem ao jogo da turma portista, a afunilar menos o jogo e a obrigar a malha defensiva adversária a esticar mais na largura -, os pupilos de Sérgio Conceição tiveram oportunidades suficientes para evitar ouvir os assobios que a dada altura infiltraram o ambiente do Dragão.

    Valeu ao FC Porto esta capacidade para marcar de bola parada, uma novidade nesta Liga dos Campeões, e a falta de acerto dos belgas na conclusão das duas ou três transições perigosas que protagonizaram, mesmo quando reduzidos a dez elementos. É claramente algo a melhorar na equipa azul-e-branca, mas o foco terá que ser, sem dúvida, colocar um ponto final na ineficácia, que, diga-se, não é uma questão individual, já que foram vários os elementos portistas a desperdiçar ocasiões clamorosas.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    BnR: Entre o momento da expulsão e a entrada de Francisco Conceição, o FC Porto estava a colocar muita gente por dentro. Com a entrada do Francisco e a saída do Taremi, a sua equipa passou a ter apenas um avançado e começou a meter mais gente por fora e jogar mais por fora. Essa mudança foi importante para o FC Porto controlar melhor o jogo pós-expulsão e desmontar mais facilmente o bloco belga? Pergunto-lhe também porque é que Jorge Sánchez acabou por não entrar no primeiro momento, quando estava preparado para tal?

    Sérgio Conceição: Houve um momento do jogo em que o Zaidu tinha sofrido uma pancada na perna onde tinha tido a lesão, mas depois o doutor deu-me a informação de que não, que tinha sido uma pancada no joelho e que estava bem. O Francisco era exatamente para isso, para circularmos com velocidade e muita paciência a bola. Mas muito do que eu queria não foi feito. Apesar disso, criámos três ou quatro ocasiões de golo, em que não fomos eficazes, e estávamos sujeitos, numa situação de bola parada ou numa como a que aconteceu no final do jogo, a sofrer um golo que seria muito penalizador para a minha equipa.

    Outras declarações:

    “Num pontapé de baliza do adversário não pode acontecer um lance daqueles (oportunidade de Muja)”.

    “Não tivemos a tranquilidade necessária”.

    “Obrigámos o adversário a errar, com a nossa pressão”.

    “O jogo estava controlado, criámos ocasiões para fazer golos”.

    “Há três batedores de penalti e eu decidi que era o Evanilson”.

    “Estamos perante um público exigente e que viu os últimos 40 anos do FC Porto, anos do FC Porto a ganhar”.

    “Não estamos no tempo das vacas gordas, estamos no tempo das vacas fit”.

    “Houve momentos em que tivemos alguma precipitação com bola”.

    “60%, 70% dos exercícios que fazemos tem baliza, tem finalização”.

    “Se eu não ocupar bem as zonas de finalização, aí fico preocupado”.

    “Temos de continuar a trabalhar diariamente para melhorar a finalização”.

    “É um orgulho e um prazer muito grande trabalhar com um jogador como o Pepe”.

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    Márcio Francisco Paiva
    Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
    O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.