FC Porto 2-1 SS Lazio: Sociedade Martínez & Mário, (i)Limitada

    A CRÓNICA: O DUELO DE BALLS, ONDE VENCEU O DE CONCEIÇÃO

    Depois do infeliz desaire na primeira linha europeia do FC Porto, veio o novo objetivo: a glória na Liga Europa. E tudo começava no Estádio do Dragão frente aos italianos da SS Lazio, num jogo histórico e emotivo no que toca a Sérgio Conceição, que, outrora, vestiu a camisola dos visitantes como jogador.

    O objetivo e motivação entravam em campo junto dos jogadores, dados os acontecimentos do clássico frente ao Sporting CP e a busca pela ambição máxima da vitória na Europa. Já a SS Lazio vem para este jogo para dar seguimento à vitória do encontro frente ao Bologna, dados os resultados algo inconstantes das últimas jornadas disputadas.

    Com um estilo de jogo conhecido como Sarriball, onde o nome indica tudo, a SS Lazio apostou no seu ponto mais forte: a construção criativa de jogo. Como parar isto, ou pelo menos tentar? Perguntem ao FC Porto que, com a sua pressão alta, não deixava que os italianos criassem qualquer tipo de perigo junto da baliza de Diogo Costa.

    Mas foi de bola parada que o golo italiano surgiu. Na sequência de um canto batido por Luis Alberto, foi Zaccagni, totalmente chegado ao primeiro poste e de calcanhar55, que não deu hipóteses ao guardião português. Foi o canto estudado, aos 24 minutos, que fez abrir o marcador no Estádio do Dragão.

    A reação surgiu, com os dragões a aproximarem-se cada vez mais da baliza adversária. Depois de uma perda de bola de Milinkovic-Savic, e na sequência da construção, Pepê, por centímetros, não inseriu a bola na baliza de Strakosha, valeu o corte de Patric Ramos em cima da linha.

    Nesta jogada, ficamos de olho no passe brutal de Fábio Vieira, que rasgou por completo a defesa italiana. Não é para todos. A posse de bola e o controlo da equipa azul e branca estavam lá, junto da ameaça, mas faltava a decisão.

    E a decisão chegou, e que acertado foi o cabeceamento de Toni Martínez. Aos 37 minutos, empatada estava a partida no relvado do Dragão, depois de um cruzamento de João Mário. Os meninos criavam, os mais velhos apareciam. Diria-se Conceiçãoball, como paralelismo.

    O FC Porto precisava de uma entrada ambiciosa na segunda parte e Sérgio Conceição fez alterações para isso, com as entradas de Galeno e Vitinha. A verdade é que essa ambição se sobrepôs à defensiva da SS Lazio e o golo da reviravolta surgiu por Toni Martínez, novamente, depois de cruzamento de, também novamente, João Mário. Criou-se uma sociedade e estava acesa a chama do dragão.

    A pressa é inimiga da perfeição diz-se, e a SS Lazio parecia a Via de Cintura Interna, ou a Segunda Circular, em hora de ponta, não atava nem desatava. Mérito óbvio dos dragões que permaneciam numa pressão bastante alta e não deixavam os italianos arrancar.

    Quem arrancou, e à séria, foi o FC Porto com esta vitória por 2-1 sobre a SS Lazio, onde prevalece um golo de vantagem para a segunda mão desta eliminatória da Liga Europa. Decide-se em Itália.

    A FIGURA

    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    Toni Martínez e João Mário – Pelos vistos, neste encontro, ficou constituída, de forma legal, a sociedade entre Toni Martínez e João Mário. O avançado e o lateral do FC Porto foram mais do que fulcrais nesta primeira mão, com dois golos criados somente por esta dupla.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    Zaidu – Mesmo com adversários ferozes pela sua frente na lateral, Zaidu deixou a desejar. A velocidade pedonal acabou por se sobrepor à velocidade do pensamento de jogo e desconstruiu algumas jogadas de potencial perigo portista.

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    O FC Porto manteve-se fiel a sai próprio consoante as alterações necessárias efetuadas por Sérgio Conceição mediante o adversário. O 4-3-3 utilizado em grande parte do tempo no jogo frente ao Sporting CP continuou, tal como Diogo Costa na baliza.

    Na linha defensiva, os muros Pepe e Mbemba continuaram a ocupar posto, com Zaidu e João Mário nas laterais. Aqui começavam as mais sonantes alterações.

    No centro do terreno, Matheus Uribe e Marko Grujic faziam a ligação com o setor defensivo na construção de jogo, com Otávio a serem os elo para o ataque.

    Fábio Vieira e Pepê voltaram a aparecer um grande número de vezes nos corredores, com Toni Martínez a ser o ponta-de-lança dos dragões.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (6)

    Zaidu (5)

    Pepe (6)

    Chancel Mbemba (6)

    João Mário (8)

    Marko Grujic (5)

    Matheus Uribe (6)

    Fábio Vieira (7)

    Otávio (6)

    Pepê (6)

    Toni Martinez (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Vitinha (6)

    Galeno (6)

    Evanilson (6)

    Bruno Costa (6)

    Stephen Eustáquio (6)

    ANÁLISE TÁTICA – SS LAZIO

    Sendo Immobile a grande ausência, Maurizio Sarri optou por utilizar um 4-3-3 com os laterais Radu e Marusic mais descidos na ala do que o habitual.

    Na zona central da defesa, Luiz Felipe e Patric consolidaram o local, com os laterais já mencionados. No meio-campo, Lucas Leiva ficou encarregado de ser o construtor maioritário de jogo pelo miolo, com Luis Alberto e Milinkovic-Savic na ajuda.

    No último setor, para colmatar a ausência de Immobile, assumiu Felipe Anderson, com Pedro e Zaccagni a continuar no lugar.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Strakosha (6)

    Marusic (6)

    Patric (6)

    Luiz Felipe (6)

    Radu (6)

    Luís Alberto (7)

    Lucas Leiva (6)

    Milinkovic-Savic (5)

    Zaccagni (7)

    Filipe Anderson (6)

    Pedro (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Cataldi (5)

    Hysaj (5)

    Jovane Cabral (6)

    Raul Moro (6)

    Basic (6)

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Porto

    BnR: O FC Porto conseguiu controlar melhor o jogo no decorrer da segunda parte. Acredita que as substituições foram dos fatores decisivos para esta melhora substancial?

    Sérgio Conceição: Eu normalmente falo sempre a nível coletivo. Obviamente que há sempre diânimicas em que as características individuais são importantes. Se calhar a mensagem antes do jogo não passou bem. Na segunda parte, apesar de na primeira também percebermos porque é que o adversário estava a sair a jogar. Mas foi retificado no intervalo. Se calhar expressei-me melhor para a segunda. Acontece também. E os jogadores interpretarem melhor no segundo tempo, em tudo, na forma como chegamos ao último terço para criar mais oportunidades. Foi evidente a melhoria da equipa.

    SS Lazio

    Não foi possível colocar questão ao treinador da SS Lazio, Maurizio Sarri.

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    Andreia Araújo
    Andreia Araújohttp://www.bolanarede.pt
    A Andreia é licenciada Ciências da Comunicação, no ramo de Jornalismo. Depois de ter praticado basquetebol durante anos, encontrou no desporto e no jornalismo as suas maiores paixões. Um dos maiores desejos é ser uma das vozes das mulheres no mundo do desporto e ambição para isso mesmo não lhe falta.