FC Porto 2 vs 0 Marítimo: estreia de gala promete muito

    amarazul

    Perante um Estádio do Dragão praticamente lotado, ansioso e muito, muito, exigente, não poderia ter corrido melhor a estreia aos comandados de Julen Lopetegui. Está cumprido com sucesso o primeiro desafio do Futebol Clube do Porto na Liga Portugal. E que estreia! De gala, deve ser dito.

    Não havia palco mais intimidante do que este para o primeiro jogo da temporada mas nem por isso a equipa azul e branca (cujo onze inicial era composto por quatro dos reforços do treinador espanhol) se deixou prejudicar, dominando o embate do primeiro ao último minuto para selar com um resultado confortável o primeiro teste oficial.

    Mas vamos ao jogo! Era noite de festa e como tal queria-se futebol jogado. Bonito e eficaz. Assim foi. Lopetegui insiste em traços do tiki-taka e a equipa reage, cumprindo com sucesso cerca de cinco centenas de passes sem perder tempo na construção de jogo – foram 50 os ataques. O segredo esteve, do início ao fim, no meio campo, com os jovens Rúben Neves e Oliver Torres a serem apoiados por Herrera numa construção de jogo que viu Brahimi encantar.

    Se havia vontade de ver jogar os mais novos – os mais inexperientes, os mais desconhecidos – foi satisfeita na noite de hoje, e de que forma. Neves teve a estreia de sonho ao tornar-se o mais novo de sempre a jogar no campeonato com a camisola azul e branca e viu a cereja cair no topo do bolo com o golo inaugural da competição, enquanto Torres distribuiu jogo ao longo de todo o embate e encantou até os adversários. Se o talento não dá títulos, vitórias como a de hoje fermentam ainda mais os dragões talentosos que nascem esta época na Invicta.

    Lopetegui viu ser cumprido com sucesso o primeiro teste ‘verdadeiro’ Fonte: Maisfutebol.iol.pt
    Lopetegui viu ser cumprido com sucesso o primeiro teste ‘verdadeiro’
    Fonte: Maisfutebol.iol.pt

    Magia. Sem qualquer tipo de exageros, é uma das palavras mais apropriadas para a exibição de hoje, que viu Alex Sandro e Danilo renascerem, caracterizados pela técnica que os trouxe ao Porto, e Jackson regressar a casa da melhor forma.

    Jackson, o inevitável. Como não poderia deixar de ser, foi ele o responsável pelo encerramento da noite, reagindo da melhor forma ao excelente (primeiro) trabalho de Tello. Num autêntico dueto, os dois jogadores embelezaram ainda mais uma noite que tinha tudo para ser azul e branca. Se for este o Futebol Clube do Porto 2014/2015, se for esta a equipa que Lopetegui se compromete a construir e melhorar com o avançar dos ponteiros do relógio, os dados estão bem lançados.

    A Figura

    Brahimi – é-me honestamente difícil destacar apenas um jogador para esta secção, dado que todo o meio campo (apesar da tenra média de idades – 20!) inicial esteve praticamente irrepreensível, mas foi Brahimi um dos maiores responsáveis pelas rápidas transições ofensivas. Sem medo de driblar, convicto e eficaz, recebe nota mais na sua estreia. Também Rúben Neves, pela estreia de sonho, ou Oliver Torres poderiam estar aqui mais destacados.

    O Fora-de-Jogo

    Quaresma – talvez o mais experiente em campo, pecou não pela falta de oportunidades criadas (se não foi o maior responsável por situações ofensivas, esteve perto) mas pelo grande ‘egoísmo’ demonstrado – como lhe é característico, aliás, mas no esquema de Lopetegui ainda se destaca mais. Se a equipa trabalhou, precisamente, como equipa, Quaresma não resistiu a algumas tentativas despropositadas. A exibição foi, ainda assim, bem positiva.

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    Gaspar Ribeiro Lança
    Gaspar Ribeiro Lançahttp://www.bolanarede.pt
    Futebol, ténis, Fórmula 1... Com o passar dos anos mais desportos fazem parte do seu quotidiano e lhe ocupam bons pares de horas em estádios ou em frente ao computador e à televisão. Não há, no entanto, maior paixão do que aquela que tem por Liverpool Football Club e Futebol Clube do Porto. "Impossível escolher".                                                                                                                                                 O Gaspar não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.