FC Porto 3-0 CD Tondela: Não houve febre amarela que contagiasse o Dragão

    No fecho da 14ª jornada, dragões e beirões mediam forças em pleno Estádio do Dragão. De um lado, a equipa da casa entrava em campo forçada a vencer, após o resultado negativo no Jamor, de modo a impedir que o SL Benfica disparasse ainda mais no topo da tabela.

    Do outro, encontrávamos um CD Tondela moralizado, não só pelo triunfo alcançado em Famalicão na ronda anterior, como também pelo percurso positivo realizado, até à data, no campeonato nacional, sobretudo nos jogos fora de portas, onde conquistou catorze dos dezoito pontos até agora acumulados na prova.

    No que toca às escolhas inicias de ambos os técnicos, nota para algumas surpresas, sobretudo nas escolhas do técnico português. Danilo Pereira, capitão do FC Porto, ficava de fora dos dezoito escolhidos (segundo Sérgio Conceição, por motivos físicos), enquanto que, no sentido inverso, o nome de Romário Baró regressava à ficha de jogo.

    Relativamente aos comandados de Natxo González, destaque para a não titularidade de jogadores como António Xavier ou Yohan Tavares, peças que têm sido importantes na campanha da equipa visitante.

    Soa o apito do árbitro e a bola começa a rolar na cidade Invicta.

    Desde cedo, o jogo foi marcado por um ritmo pouco elevado, longe de qualquer uma das balizas. Apesar da vantagem na posse de bola, os dragões não eram capazes de superar a organização defensiva dos forasteiros.

    Assistíamos a um jogo, num geral, morno; todavia, por volta do décimo minuto, o termómetro no Dragão subiria. Luis Díaz, após passe de Nakajima, cavalga pelo centro do terreno sem qualquer oposição, coloca a bola nos pés de Tecatito que cruza na perfeição para a cabeça de Soares. O brasileiro, livre de marcação, apenas teve que atribuir ao esférico as coordenadas das redes de Cláudio Ramos. Estava inaugurado o marcador na cidade do Porto.

    Situação adversa para o técnico espanhol: encontrava-se, ainda dentro do primeiro quarto de hora, em desvantagem no marcador e via-se pouco depois forçado a mexer na equipa, por conta da lesão do defensor Bruno Wilson.

    Após esta dupla contrariedade para o CD Tondela, o jogo voltou à fórmula dos minutos iniciais. Poucas incursões ofensivas perigosas, jogo, por vezes, lento e de pouca inspiração individual.

    E assim beirões e portistas cumpriram a primeira meia hora do encontro. Dois minutos após essa marca, Sérgio Conceição veria a sua equipa dilatar a vantagem.

    Canto batido por Alex Telles, desvio de Moussa Marega ao primeiro poste e Tiquinho Soares, novamente sem qualquer obstrução, estica as redes pela segunda vez. Estava feito o 2-0.

    Dois minutos depois, era a vez da formação visitante colocar a defesa contrária em sentido. Numa incursão pela direita, Moufi descobre, já no interior da grande área portista, João Pedro; o médio português, com algum à vontade, chuta forte e vê o seu remate passar bem perto do poste.

    Nakajima foi um dos titulares na equipa do FC Porto
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    No regresso ao relvado, após o intervalo, alteração na equipa da casa: Moussa Marega dava lugar a Manafá.

    E Manafá parece que não entrou sozinho: consigo trouxe uma nova atitude, uma maior intensidade e capacidade de pressão no jogo do FC Porto. Resultante disso, e após aviso de Uribe (49′), Otávio afixava o resultado nos 3-0. Excelente jogada coletiva dos azuis e brancos, terminada com um toque de classe de Corona que deixa Otávio na cara do guardião internacional português.

    Quando o relógio já apontava para a hora de jogo, Nakajima dispôs de uma oportunidade flagrante para fazer mexer novamente o marcador. Após pressão intensa de Soares, Cláudio Ramos deixa a bola à mercê do nipónico que, apesar das condições favoráveis, não conseguiu marcar.

    Até final, destacar mais algumas oportunidades para a equipa da casa, nomeadamente saídas dos pés de Fábio Silva (77′) e de Alex Telles (88′), às quais o guardião português categoricamente colocou um travão.

    Relativamente às já célebres “polémicas do apito”, pontuar dois lances que poderão vir a gerar discussões nas próximas horas: Uribe, no interior da área portista, atinge a face de Jonathan Toro (64′); na área contrária, Alex Telles reclama um eventual braço na bola por parte de Moufi (80′). Em ambas as situações, quer o árbitro principal, quer o VAR não viram razões para assinalar grande penalidade.

    Apito final, vitória interinamente justa do FC Porto perante um CD Tondela que pareceu nunca ser capaz de colocar em dúvida o triunfo azul e branco.

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:

    FC Porto: Marchesín; Alex Telles, Iván Marcano, Pepe e Jesús Corona; Matheus Uribe, Otávio (Sérgio Oliveira, 79′), Luis Díaz (Fábio Silva, 74′) e Nakajima; Soares e Marega (Wilson Manafá, 46′)

    CD Tondela: Cláudio Ramos; Filipe Ferreira, Ricardo Alves, Bruno Wilson (Yohan Tavares, 18′) e Fahd Moufi; Jaquité, Pepelu (Pedro Augusto, 60′), João Pedro (Richard, 60′), Jonathan Toro e Jhon Murillo; Denilson

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    José Mário Fernandes
    José Mário Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
    Um jovem com o sonho de jogar futebol profissionalmente. Porém, como até não tinha jeito para a coisa, limita-se a gritar para uma televisão quando o FC Porto joga.                                                                                                                                                 O José escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.