Naquela que foi a 40.ª edição da Supertaça Cândido de Oliveira entre o campeão português, FC Porto, e o vencedor da Taça de Portugal, Clube Desportivo das Aves, os “Dragões” conseguiram escapar do Estádio Municipal de Aveiro com mais um troféu, que vai direto para o museu do clube. O jogo foi quente, bem como a temperatura, e o ambiente no estádio estava ao rubro com 25 mil adeptos do campeão nacional dentro do recinto para assistirem à conquista da Supertaça que já fugia há “cinco anos”.
Quanto ao onze inicial, não houve surpresas relativamente à tática escolhida pelo treinador, jogando num sistema de 4-4-2 como tinha sido hábito na época transacta. No que toca aos 11 jogadores, quando todos esperavam que fosse Tiquinho Soares a fazer dupla na frente de ataque portista com Vincent Aboubakar, Sérgio Conceição decidiu apostar em André Pereira. De realçar também a titularidade de Diogo Leite, jovem jogador da formação do FC Porto, que renovou o seu vínculo ao clube esta semana.
Foi o FC Porto quem entrou melhor no jogo e ao minuto cinco da partida Aboubakar remata à baliza com muito perigo após o cruzamento de André Pereira. O golo foi evitado com uma grande defesa do guarda-redes do CD Aves, Quentin Beunardeau.
Nove minutos depois, aos 14 minutos, chega o primeiro golo do jogo por parte da equipa da Vila das Aves, num lance em que Diogo Leite corta a bola para a entrada da área e a mesma é desviada pelo árbitro da partida Luís Godinho, sobrando para o brasileiro Cláudio Falcão que remata com força e a bola passa junta ao poste, sem hipóteses para Iker Casillas.
Num momento em que o CD Aves parecia estar mais por cima do jogo, Yacine Brahimi faz o empate para os “Dragões”, numa jogada praticamente iniciada e finalizada pelo mesmo. Após sair da pressão de Rodrigo Soares, o argelino passa para Aboubakar que devolve para a entrada de Brahimi e remata por entre as pernas de Beunardeau.
Dois minutos após a meia hora de jogo, Derley provocou um susto à equipa portista ao cabecear na pequena área. No entanto, Iker Casillas mostrou estar atento e manter bons reflexos e defendeu aquela que era uma bola difícil. Por essa altura, Brahimi apresentava queixas no pé esquerdo devido a uma entrada de Amilton e teve de ser substituído por Jesús Corona.
Nos últimos cinco minutos da primeira parte, ambas as equipas causaram perigo. Primeiro por Nildo Petrolina que remata cruzado a rasar o poste contrário da baliza de Casillas e depois foi a vez de Felipe tentar dar a vantagem à equipa da cidade invicta num lance inicialmente bem trabalhado por Corona que cruza para a área e após um cabeceamento mal-executado por parte de Diogo Leite, Felipe desvia para a baliza, mas Benardeau segura em cima da linha.
Acabam os primeiros 45 minutos de um jogo que até ao momento estava a ser muito físico para ambos. Nenhuma das duas equipas se destacou totalmente dando assim justiça ao resultado.
Recomeça o encontro no Municipal de Aveiro e o FC Porto dá sinais de estar melhor na partida segurando mais a bola e fazendo alguns ataques que poderiam dar a vantagem aos campeões nacionais. Ao chegar ao minuto 60, Herrera sofre um golpe no sobrolho e fica a sangrar bastante. Os ânimos exaltam-se e Sérgio Conceição é expulso do banco do FC Porto por protestos.
Alguns minutos depois, os “Dragões” chegam ao segundo golo por Maxi Pereira, aquele que foi considerado o homem do jogo. O uruguaio tocou para Otávio e o brasileiro fez o favor de devolver a bola e em ângulo difícil, Maxi faz a bola passar novamente por baixo das pernas do guardião do CD Aves.
O FC Porto faz o terceiro golo aos 84 minutos pelos pés de Corona num período em que o jogo estava pouco agitado. O mexicano retirou as dúvidas que ainda restavam quanto ao vencedor da Supertaça através de um grande remate de fora de área.
De realçar ainda a saída de Tiquinho Soares por lesão na zona abdominal, ficando o FC Porto a jogar com dez elementos.
O FC Porto conquista assim a 21.ª Supertaça Cândido de Oliveira e o troféu número 1279 na era de Pinto da Costa na presidência. Uma partida bem disputada na primeira parte, mas o CD Aves foi muito abaixo na segunda metade e o FC Porto controlou o jogo e passou para a frente do marcador. Uma 40.ª edição da Supertaça muito dura a nível físico. Foram quatro os cartões amarelos mostrados e foram ainda necessárias várias intervenções da equipa médica.