FC Porto 3-1 CD Nacional: 18.º capítulo de uma história de sucesso


    Simples e eficaz. Assim foi construído o 18.º triunfo consecutivo dos azuis e brancos. Em vésperas de clássico, o FC Porto entrou em campo com a possibilidade de aumentar para oito os pontos de vantagem sobre o adversário do próximo sábado, o Sporting. E assim foi!

    A um início soluçante, a turma de Sérgio Conceição conseguiu responder com dois golos de uma assentada, deixando tudo bem encaminhado. Pelo meio, o CD Nacional ainda reduziu e ameaçou estragar a festa, mas o génio de Brahimi voltou a fazer estragos. Corona também esteve em destaque na noite em que Soares voltou a festejar e Marega repetiu a folha em branco – uma raridade esta época.

    As boas notícias na noite do Estádio do Dragão começaram a surgir uma quinzena de minutos antes do apito inicial, quando de Tondela vinha a notícia da derrota do Sporting, que hipotecou dessa forma de reascender ao 2.º lugar e de chegar ao clássico a apenas cinco pontos do FC Porto. O desaire leonino, contudo, pareceu não ser motivo suficientemente forte para os dragões entrarem em campo de forma avassaladora e à procura de resolver o assunto bem cedo. Sérgio Conceição apostou no onze esperado, apenas com a novidade Mbemba no lugar do castigado Felipe. E que bem esteve o congolês!

    Com dificuldades em imprimir velocidade e emprestar intensidade ao seu jogo, o FC Porto viu, no entanto, uma combinação entre Corona e Marega ser travada por uma intervenção de bom nível de Daniel Guimarães, que negou um golo quase certo ao maliano. O CD Nacional não estava no Dragão para ver jogar e, à boleia de um talentoso Camacho (pede claramente outros voos), colocou em sentido Casillas, que teve de se estirar para evitar a surpresa.

    Disposto a acalmar um público que denotava já alguns sinais de impaciência, Brahimi decidiu que estava na hora de abrir o livro, quando se atingia a primeira meia hora de jogo. Tudo começou nos pés de Marega, que é travado em falta. A bola seguiu para Maxi que rapidamente serviu o argelino e este, com a calma e a segurança necessárias, atirou a contar.

    Quem também quis dar o merecido espetáculo aos 33.708 resistentes que estiveram no estádio a uma segunda feira às 21.15 horas foi Corona, logo de seguida. Com um bailado incrível do lado direito do ataque, o mexicano trocou completamente as voltas a Campos, antes de servir Soares para o 2-0. Era o regresso aos golos do brasileiro, que juntou um excelente tempo de salto à técnica natural na hora de cabecear.

    Corona assistiu Soares para o segundo dos dragões
    Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

    Viviam-se, enfim, momentos mais animados depois da ‘pasmaceira’ inicial e, nem dois minutos volvidos, Róchez recolocava os insulares na discussão, com a ‘ratice’ que se pede a um ponta de lança. Uma bola perdida na área, com alguma passividade dos centrais portistas, sobrou para o 35 dos madeirenses, que aproveitou para bater Casillas.

    A vitamina conquistada a terminar a primeira parte não teve eco no início da segunda, já que Brahimi não estava para surpresas. Depois de receber de Corona, colocou a ‘redondinha’ sem hipóteses para o entretanto lançado Lucas. Novamente com dois golos à maior e a certeza de que a vantagem na tabela classificativa iria aumentar em relação ao segundo classificado.

    O avolumar do resultado, esse, ficou comprometido pelo pé que os dragões, inconscientemente, tiraram do acelerador. De destaques, apenas mais uma investida do inevitável Camacho, que quase surpreendia Casillas com um belo remate e jeitos, e uma finalização do estreante Fernando Andrade, que saiu pouco ao lado do poste.

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

    FC Porto: Casillas, Maxi, Mbemba, Militão, Alex Telles, Danilo, Herrera, Corona, Brahimi (Adrián, 59’), Marega (Fernando, 88’) e Soares (Óliver, 76’).

    CD Nacional: Daniel Guimarães (Lucas, 36’), Campos, Jota (Riascos, 82’), Camacho, Kalindi, Witi, Palocevic, Rosic (Diogo Coelho, 55’), Róchez, Júlio César e Vítor Gonçalves.

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    Ricardo Anselmo
    Ricardo Anselmohttp://www.bolanarede.pt
    O azul e o branco é parte fundamental da vida do Ricardo. O amor pelo FC Porto faz dele um adepto ferrenho dos 'dragões'. Tem na escrita um amor quase tão grande como o que tem pelo clube, sendo sobre futebol que incide a maior parte das suas escrituras. No futuro, espera encontrar no jornalismo a sua ocupação profissional.                                                                                                                                                 O Ricardo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.