FC Porto | A lufada de juventude e inconsistência trazida por Malang Sarr

    Como referi no início deste artigo, Sarr não chegou com as portas da titularidade abertas. A sua estreia foi curiosamente em Inglaterra com uma boa exibição frente ao Manchester City FC. O número 32 portista era o terceiro central a atuar pela esquerda e isso era um ponto a favor para que corresse tudo bem. Fechava a profundidade no corredor esquerdo e as suas debilidades eram compensadas pelos outros dois centrais.

    Voltou a jogar frente ao Gil Vicente FC, mas como suplente utilizado, para segurar um resultado que estava comprometedor. Era assim evidente que, com Pepe e Mbemba, a margem para a titularidade era pequena.

    Depois da lesão de Pepe, já não foi preciso o sistema de três centrais e Sarr foi aposta num sistema com dois centrais e dois laterais puros. Não posso dizer que seja uma aposta falhada, mas nota-se que há muitas debilidades que ainda estão presentes e que estão a ser corrigidas com o passar dos jogos. Já são sete titularidades absolutas de seguida, e isso é um facto muito interessante para uma evolução que não promete ficar por aqui.

    Dentro das quatro linhas vemos que ali existe muita qualidade, e o palco “Champions” tem sido essencial para Sarr se mostrar a quem ainda não o conhece.

    No entanto, alguns problemas são evidentes, e não posso deixar de recordar: a grande penalidade cometida frente ao Olympique de Marseille no Estádio do Dragão; a forma como Sterling ultrapassou Sarr numa jogada entre o FC Porto e o Manchester City na Invicta (o que até é estranho pela velocidade do central sem subestimar a rapidez do internacional inglês); a grande penalidade que, na minha opinião, foi cometida por Sarr no FC Porto-Manchester City; e, por fim, as culpas no primeiro golo do empate do Tondela ontem no dragão. Sarr errou na movimentação o que permitiu que o avançado tondelense se isolasse de forma inacreditável perante Marchesín.

    Estes são alguns erros mais gritantes. Mas a culpa nunca se pode resumir somente a Malang Sarr. Este ano, o FC Porto já apresenta 13 golos sofridos. Números que jamais podem corresponder a uma equipa que ambiciona ser campeã nacional.

    Muitos se questionam se Malang Sarr era o melhor jogador para este FC Porto de Sérgio Conceição. Creio que a aposta no central francês não só foi pela sua irreverência como pela sua versatilidade num sistema de três centrais ou na lateral esquerda, visto que esta também não é uma posição estranha para o jogador.

    Com erros ou sem erros, acredito na qualidade e no potencial deste jovem que deve ficar por cá um ano e tem de aproveitar ao máximo as oportunidades dadas pela ausência de Pepe. Depois, ou espera por mais uma lesão, ou ganha o lugar no eixo central/lateral esquerda.

    Se me perguntarem se acredito cegamente na segunda opção, eu digo que não. No entanto não deixo de colocar essa possibilidade pela crescente afirmação de Malang Sarr na equipa principal do FC Porto.

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Treinador alemão dá nega ao Bayern Munique

    Sebastian Hoeness voltou a reforçar intenção para a próxima...

    José Mota: «O Benfica esteve muitíssimo bem»

    José Mota já abordou a vitória do Benfica frente...
    João Castro
    João Castrohttp://www.bolanarede.pt
    O João estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. A sua grande paixão é sem dúvida o jornalismo desportivo, sendo que para ele tudo o que seja um bom jogo de futebol é bem-vindo. Pode-se dizer que esta sua paixão surgiu desde que começou a perceber que o mundo do futebol é muito mais que uma bola a passear na relva.