Estamos vivos | FC Porto

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Após uma pré-época totalmente vitoriosa por parte do FC Porto, as expectativas estavam altas para o primeiro embate oficial da temporada 2024/2025. É justo dizer que foi um espetáculo que não desiludiu.

Depois de uma entrada de excelência da equipa liderada por Vítor Bruno, todos os portistas congelaram com o golo do Sporting aos 6 minutos. Para desespero dos dragões, o Sporting marcaria por mais duas vezes antes da meia hora de jogo, introduzindo a bola na baliza de Diogo Costa aos 9 e aos 24 minutos.

O FC Porto ainda reduziria a vantagem leonina aos 28 minutos de jogo, pelo pé de Galeno, no entanto, os portistas tiveram que esperar pela segunda parte, para a igualdade, e pelo prolongamento, pela conclusão da chamada remontada.

Que ideias são possíveis retirar de um jogo destes, como adepto do FC Porto?

A primeira, a meu ver, é que apesar de uma entrega e atitude fantásticas, que certamente orgulharam qualquer adepto portista, ainda existe um longo, longo caminho de trabalho e melhoramento a ser feito, de modo a este grupo realizar o seu pleno potencial.

O título deste texto é “Estamos vivos”, precisamente por esse sentimento de união e de crer que senti no jogo da Supertaça. Não obstante esse facto, em termos técnicos (a nível individual dos jogadores) e táticos, existem vários pontos a corrigir.

Olhando para o jogo como ele foi, é impossível declarar que o FC Porto foi superior, pelo facto de isso ser, simplesmente, falso (isto a nível de jogo, porque em termos mentais acredito que fomos verdadeiramente superiores).

Foi uma noite onde tudo o que podia correr mal, correu (principalmente nos primeiros 26 minutos de jogo), e onde, num segundo momento, acabamos por dar a volta, fruto da atitude dos jogadores e das mudanças realizadas por parte da equipa técnica.

Sporting x FC Porto
Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

Ao mesmo tempo, é necessária seriedade e honestidade, e é imperativo admitir, igualmente, que foi uma noite onde tivemos os nossos momentos de sorte, num jogo que, num mundo perfeitamente justo, o Sporting teria ganho.

Em segundo lugar, devo acrescentar mais uma questão que me parece ter ficado clara neste jogo, sendo essa a necessidade de reforços.

Por muito que tenha gostado da nossa atitude, não me parece viável, enfrentar a época que se avizinha, apenas com este grupo de jogadores.

A inconsistência de Zé Pedro e de Octávio foram nítidas, sendo este o setor que mais me preocupa. Martim Fernandes acabou por ser um desperdício a jogar do lado esquerdo, roubando-lhe a capacidade de realizar cruzamentos perigosos, com o seu pé mais forte.

Sendo assim, parece-me evidente que existe uma demanda por reforços para a nossa linha defensiva, tanto para a zona central, como para o lado esquerdo.

Obviamente que a nossa realidade financeira não nos permite uma ida ao mercado ideal, todavia ainda conto com algumas saídas, que confio conseguirem criar as condições para a entrada de alguns jogadores bem precisos.

Deixando o meu realismo e pessimismo de lado, resta dizer que, de facto, foi uma noite histórica para este novo FC Porto.

Conseguimos encostar, em certos momentos, o atual campeão nacional às cordas, e sem os nossos (supostos) “melhores jogadores” (Pepê, Evanilson, Francisco Conceição, entre outros…), não só competimos, como vencemos o primeiro troféu oficial desta nova época.

Foi um início de sonho para todo o coletivo portista, em especial para o nosso novo treinador, Vítor Bruno, que, sem dúvida alguma, esteve à altura da ocasião, e para o nosso mais recente presidente, André Villas-Boas, que consegue começar o seu período de administração com um troféu.

André Villas-Boas FC Porto
Fonte: FC Porto

Foi uma mensagem bastante forte para todos (adeptos e rivais), que este grupo está preparado, tem a capacidade de praticar um bom futebol (porque sim tivemos bons momentos, não obstante todo o sofrimento) e que a mudança trouxe uma nova alma e garra a estes jogadores.

Foi uma noite de orgulho, de paixão, de luta e de ambição.

Todas estas palavras devem constituir o ADN de qualquer equipa do FC Porto, e, depois da exposição desta final, não tenho dúvidas que este grupo de jogadores e, acima de tudo, este treinador, possuem em si as capacidades para perseguir todos os objetivos traçados pela nova direção.

Na próxima semana começará mais uma nova campanha, desta vez, na competição mais prestigiosa a nível nacional, a Primeira Liga portuguesa.

Mais uma vez, e, ainda para mais, depois desta reviravolta contra o Sporting, as expetativas estarão altas, e os adeptos ansiosos por voltar a ver os dragões a jogar.

São necessários os pés bem assentes na terra, porque, para lá da euforia e da garra, tem de existir uma boa qualidade de jogo e uma equipa que não dependa de fatores que lhe estão alheios (como é a sorte).

Estamos vivos, e porque assim o é, somos obrigados a jogar mais e melhor. Como adepto, estou inteiramente confiante que isso acontecerá, ao longo dos meses, e que chegaremos ao final da época com vários motivos de satisfação.

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