Um impacto inevitável | FC Porto

    Uma das questões que mais se tem ouvidos nos últimos dias, qual será o impacto da eliminação do FC Porto da Liga dos Campeões? Um jogo que não deixa, de todo, saudades à equipa dos dragões e consequentemente aos adeptos, uma eliminação onde a superioridade e a falta de sorte sentiram-se.

    Neste artigo de opinião irei dividi-lo em três aspetos. O primeiro impacto no embate com o SC Braga, as notícias que surgiram nos últimos dias sobre um, supostamente, volte face na relação entre o Sérgio Conceição e o presidente, Jorge Nuno Pinta da Costa e por fim, os objetivos que ficam para a restante época.

    Em Braga, o primeiro impacto foi notório. Foi um dos jogos mais atenuantes do FC Porto ao longo desta “era de conceição”, uma equipa sem nenhum rasgo que pudesse alterar o resultado, em ambas as partes. Na primeira parte, até ás substituições, promovidas por Sérgio Conceição o FC Porto foi muito permissivo na forma como defendia, principalmente no lado direito com R.Conceição e Grujic que estavam muito desinspirados, tanto a nível ofensivo mas, sobretudo, defensivo. Nos segundos 45´, a toada continuo, pouca criatividade em todos os momentos do jogo, tendo apenas uma oportunidade clara por Evanilson. Este empate a zeros, deu uma das maiores diferenças de pontos do primeiro para o segundo de há muitos anos, o Benfica assim já leva 10 pontos de avanço.

    Infelizmente, os impactos não só internos, mas também externos e esse facto foi visível ao longo dos últimos dias, bastava comprar os jornais, ler os sites e ligar a televisão dos variados meios de comunicação social. Muitas foram as notícias sobre a saída, ainda neste mês, de Sérgio Conceição, a resposta, supostamente, dada de Pinto da Costa ao treinador dos azuis e brancos sobre os investimentos feitos pela SAD portista fizeram soar os alarmes. Mas claro, não passam de boatos, seria muito estranho se o treinador saísse, a meio da época, dos dragões, não só pela história que tem no clube como a própria relação que tem com a massa adepta, para mais a confiança de Pinto da Costa no seu trabalho continua inabalável.

    Em relação à sua discórdia com Pinto da Costa, é algo que não de agora, Sérgio Conceição, desde 2019, que se queixa da suposta falta de investimento e os problemas que o clube passou e ainda passa, perante o fair-play da UEFA, pela qual foi penalizado. Tudo faz parte do que é gerir um plantel e como sabem, a forma de ser do técnico também contribui para que estas situações sejam “divulgadas” ao público. De qualquer forma, o investimento, na minha opinião, existe e basta analisarmos os gastos feitos pela equipa azul e branca desde a chegada de Sérgio Conceição que dá um total de 232,87 milhões de euros (dados do transfermarkt).

    O problema está nas apostas feitas pelo clube, que já não se comparam com às de outros anos quando o FC Porto contratava jogadores como Falcão, Hulk, Guarin, Jackson Martinez e mais estão na lista, claro que o mercado de hoje não é o de antigamente onde os grandes clubes da Europa não apostavam, como atualmente, nos mercados alternativos, o que obriga os dragões, atualmente, a comprar dentro do país, a clubes como o Santa Clara, Rio Ave, FC Famalicão, etc.

    Atrelado a esse fator, quando conseguem achar jogadores com margem de valorização, económica, vendem-nos por valores irrisórios, principalmente pelo talento dos próprios jogadores, além dos vários atletas que saíram a custo zero e não deram rendimento nenhum “à casa” como o Héctor Herrera, Marega, Brahimi, Aboubakar, Diego Reyes e mais recentemente existe um possível rumor da saída de Matheus Uribe para o Flamengo de Vítor Pereira na mesma “leva” que os restantes.

    FC Porto x Sporting CP
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Com tudo isto, os objetivos do FC Porto alteraram-se, claro que matematicamente ainda existe hipótese de conquistar o campeonato, o problema é os dragões não dependem apenas de si, e olhando para Lisboa, o SL Benfica está num grande momento de forma o que dificulta a vida aos campeões nacionais, mas claro que olhando para o trabalho dos portistas ao longo dos últimos anos a “toalha nunca é jogada ao chão”. Na Taça de Portugal é onde os comandados de Conceição têm grandes hipóteses de, novamente, vencer a prova rainha apesar do confronto complicado nas meias-finais contra o FC Famalicão e uma possível final com o Nacional e o SC Braga, que também não será nada fácil.

    Em suma, é claro que a eliminação da Liga dos Campeões vai ter impacto e já foi visível na “pedreira” com o campeonato a distanciar-se, mas como tudo na vida e o futebol não é diferente, os altos e baixos fazem parte e transforma as pessoas, neste caso, as equipas em instituições mais sólidas. A missão, neste momento, é consolidar o segundo lugar na Liga Portuguesa e vencer a Taça de Portugal.

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    Miguel Costa
    Miguel Costa
    Licenciado em Jornalismo e Comunicação, o Miguel é um apaixonado por desporto, algo que sempre esteve ligado à sua vida. Natural de Santiago do Cacém, o jornalismo desportivo é o seu grande objetivo. Tem sempre uma opinião na “ponta da língua”, nunca esquecendo a verdade desportiva. Escreve com acordo ortográfico.