Ser melhor não chegou | FC Porto

    Numa Liga dos Campeões marcada por reviravoltas, o FC Porto cai perante um FC Internazionale, frágil, que não deu quase nenhuns sinais de vida ao longo dos 180 minutos da eliminatória.

    Depois de uma primeira mão, onde os azuis e brancos, à semelhança da segunda parte, tiveram várias oportunidades flagrantes, a finalização não esteve ao nível de uma competição como esta, dado que todos os momentos do jogo são fulcrais e podem ditar o que se sucede na restante eliminatória, onde acabaram por ser penalizados com o golo de Lukaku, após a expulsão, decisiva, de Otávio.

    No jogo de ontem, todos os olhos estavam virados para a cidade do Porto, mais concretamente para o Estádio do Dragão. Um FC Porto que entrou para este duelo com uma missão difícil, mas que, por azar, se complicou com as ausências de João Mário, Pepe e, logicamente, Otávio. Um plantel muito precário, mas que deu, mais uma vez, uma resposta muito positiva. Algo que os dragões, com Sérgio Conceição, têm vindo a fazer ao longo dos anos, não só nas competições europeias, mas também a nível interno.

    Na primeira parte os desfalques na equipa portista fizeram-se sentir, principalmente na sua fase de construção. Houve muito pouco ritmo da troca de bola, algo que Otávio, quando está em campo, promove à equipa, originando muita tranquilidade para que o Inter se vasculhasse em toda a largura, sempre com pouca intensidade e confortável.

    A falta de soluções entre linhas, nos primeiros 45 minutos, foi outro fator para a pouca preponderância atacante do FC Porto de criar jogadas desde traz, algo que não foi explorado fase às poucas penetrações que os centrais dos azuis e brancos fizeram. Foram escassas as vezes que vimos tanto Fábio Cardoso como Marcano a transportar a bola para soltar nesse espaço. Estes problemas obrigavam Taremi a recuar até ao campo defensivo e, consequentemente, perdiam-no no ataque.

    Com estas adversidades, o FC Porto apenas criou perigo através da pressão alta, algo que na segunda parte foi feita com mais intensidade e aí, sim, os campeões nacionais empurraram os italianos para trás e conseguiram dar trabalho ao guarda-redes Onana que voltou, como no outro jogo, a salvar o Inter juntamente com os postes. Há imagem de Sérgio Conceição, os azuis e brancos pressionaram a toda a largura e apenas faltou um “pingo” de sorte para contemplar a boa segunda parte.

    Destaque para Pepê que com Otávio fora, Taremi na pior fase da época, Galeno igualmente e Evanilson marcado pelas lesões, mostrou, uma vez mais, a sua importância na equipa e assumiu a responsabilidade, além da sua, já conhecida, variabilidade tática. Forte a defender (não deu hipótese neste requisito) e acima de tudo a atacar. Sempre que o brasileiro tinha a bola no seu poder, houve sensação de ameaça à baliza do Inter.

    Portugal podia ter feito história com a presença de duas equipas nos quartos de final da competição milionária, algo que, infelizmente, não será possível, mas não tira de todo, o mérito do FC Porto que fez uma Liga dos Campeões de equipa grande, apesar do início hostil.

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    Miguel Costa
    Miguel Costa
    Licenciado em Jornalismo e Comunicação, o Miguel é um apaixonado por desporto, algo que sempre esteve ligado à sua vida. Natural de Santiago do Cacém, o jornalismo desportivo é o seu grande objetivo. Tem sempre uma opinião na “ponta da língua”, nunca esquecendo a verdade desportiva. Escreve com acordo ortográfico.