FC Vizela 0-1 FC Porto: Sem inspiração, foi precisa transpiração

    A CRÓNICA: QUANDO O EMPATE PARECIA CERTO, MARCANO DESATOU O NÓ

    Domingo à tarde grita futebol. Num horário sempre querido para os amantes do desporto rei, houve casa cheia em Vizela para a receção ao campeão nacional, o FC Porto. Num campo já conhecido pela boa moldura humana, o público aderiu em massa e os lugares vazios foram quase nulos.

    Num duelo entre duas equipas que venceram na jornada inaugural, as oportunidades de golo na primeira parte foram muito escassas. Ainda dentro dos primeiros dez minutos de jogo, o FC Porto podia ter dado o mote. Canto de Zaidu e, após alguns ressaltos, Uribe remata por cima da baliza à guarda de Buntic.

    À passagem do minuto 34´ foi a vez do FC Vizela ameaçar. Nuno Moreira conduz pela direita, corta para dentro para o seu movimento caraterístico, e remata perto da baliza defendida por Diogo Costa. Pouco mais se viu de ambas as equipas no primeiro tempo, onde o FC Porto teve mais bola, mas a boa organização ofensiva do Vizela não deixou os dragões superiorizarem-se.

    Em poucos jogos se precisou tanto de um intervalo como neste, dada a falta de futebol atrativo apresentado. Sérgio Conceição lançou Verón e Otávio ao intervalo, tentando mudar alguma coisa, rendendo Namaso e Uribe.

    O efeito foi imediato e as oportunidades não tardaram a chegar. Ainda dentro do primeiro minuto, cavalgada de João Mário, que cruza para Verón e o recém-entrado a permitir a defesa de Buntic. Resposta vizelense, Kiko lidera o contra-ataque e deixa Nuno Moreira em boa posição para marcar, mas o extremo português a mirar mal na bola. À hora de jogo, Nuno Moreira serve Kiki Afonso e o lateral vizelense atira perto do poste esquerdo da baliza de Diogo Costa.

    A equipa do FC Porto ia insistindo, muito já em jogo direto e através de bolas paradas, mas não estava fácil criar oportunidades dignas desse mesmo nome. A entrada de Galeno mexeu com o jogo e a irreverência do brasileiro trouxeram outro ímpeto ao jogo e, ao minuto 84 esteve muito perto do golo, após combinação com Toni Martinez. O remate saiu muito perto do poste esquerdo da baliza de Buntic.

    Quando o empate parecia prevalecer, apareceu Marcano. Já tantas vezes decisivo para os dragões, o central que por vezes é o “patinho feio” da equipa a responder eximiamente a um cruzamento de Galeno, após um livre cobrado de forma curta. Explosão de alegria dos dragões, que não queriam ficar para trás na luta pelo título.

    Resultado final: 0-1 para equipa da Invicta, que depois de uma exibição menos conseguida conseguem escapar a um resultado mau, na jornada que antecede o clássico frente ao Sporting.

     

    A FIGURA

    FC Porto
    Fonte: Bola na Rede

    Marcano – Decisivo. Não teve muito trabalho na sua zona (o que teve, controlou) mas quando foi preciso, apareceu a desatar o nó. Fez o golo e deu a vitória, que era o mais importante. Menção honrosa para Galeno, que desequilibrou a partir da esquerda.

     

    O FORA DE JOGO

    João Mário FC Porto
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    João Mário – Ao contrário do que tem acontecido, pouco preponderante. Muito abaixo do costume, principalmente na primeira parte. Foi dos que mais quebrou com a falta de rendimento da equipa. Não decidiu bem grande parte das vezes e acabou substituído aos 68´.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC VIZELA

    O FC Vizela apresentou-se no seu habitual 4-3-3, alterando apenas duas peças em relação ao onze da vitória no Estádio dos Arcos. Entraram Diego Rosa e Nuno Moreira para os lugares de Mendez e Opeyemi.

    Numa primeira fase defensiva, a equipa vizelense juntou três homens altos no terreno, condicionando a saída de bola apoiada dos dragões. Algum espaço entre os setores, mas a pressão foi eficaz e deixou o FC Porto desconfortável.

    Com bola, a equipa tentou escapar à pressão intensa do FC Porto com evitar da saída de bola curta, tentando esticar na velocidade dos extremos. Em contra-ataque, aí sim, a equipa ia combinando e criando calafrios ao FC Porto, porém muitas vezes não foi materializado em oportunidades.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Buntic (6)

    Bruno Wilson (6)

    Anderson (5)

    Tomás Silva (5)

    Kiki (5)

    Guzzo (5)

    Samu (7)

    Diego Rosa (6)

    Kiko (6)

    Nuno Moreira (7)

    Zohi (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Cann (5)

    Osmajic (5)

    Sarmiento (5)

    Rashid (5)

    Isaac (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    O FC Porto repetiu o onze da goleada frente ao Marítimo, mas a efetividade não foi, com certeza, a mesma. Circulação muito lenta e a insistência no corredor onde estavam mais adversários foi evidente, principalmente na primeira parte, csendo uma das causas do insucesso portista

    Ao intervalo Otávio e Verón foram lançados ao intervalo, mantendo o sistema tático, com Verón atrás dos avançados e Otávio a encaixar no lugar de Grujic, baixando o sérvio para médio mais defensivo.

    A equipa portista, obrigada a correr atrás do resultado, mudou para 4-2-3-1, com Toni Martinez como referência ofensiva, Taremi como médio mais ofensivo, Verón e Galeno nas altas, insistindo mais no jogo direto, e é daí que surge o golo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (7)

    Pepe (7)

    Marcano (8)

    João Mário (5)

    Zaidu (6)

    Uribe (5)

    Grujic (6)

    Pepê (6)

    Namaso (5)

    Evanilson (5)

    Taremi (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Verón (6)

    Otávio (6)

    Toni Martinez (5)
    Eustáquio (5)

    Galeno (7)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC VIZELA

    Bola na Rede: Pergunto-lhe sobre a primeira fase da pressão, em que o Vizela foi condicionando muitas vezes alto, com 3 homens, deixando até um espaço grande entre os 3 setores, correndo algum risco, mas o que é certo é que conseguiu colocar o FC Porto desconfortável nessa fase do jogo. O que é que procurou com essa pressão, que é algo que não vê regularmente nos jogos frente aos grandes.

    Álvaro Pacheco: Tentamos sempre preparar o jogo de modo a o conseguirmos ganhar. Arriscamos muitas vezes nessa primeira fase de pressão, deixando até muitas vezes homem a homem na nossa defesa. Sabemos da nuance do FC Porto este ano, em que joga muito mais por dentro, tentando dar a profundidade aos laterais e tentamos anular esse momento do jogo. Sentimo-nos confortáveis com esta forma de jogar e estou muito satisfeito com a prestação dos meus jogadores. Faltou-nos apenas um pouco de audácia na parte final em querer tomar as decisões certas, mas não julgo pois já estávamos numa fase da partida em que queríamos conquistar um ponto.

     

    FC PORTO

    Não foram colocadas questões ao treinador do FC Porto, Sérgio Conceição.

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    Francisco Moreira e Silva
    Francisco Moreira e Silvahttp://mariooliveira
    O Francisco é natural de Santo Tirso. Encontra-se a tirar uma licenciatura em Ciências da Comunicação, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Sempre teve uma paixão enorme pelo deporto, sobretudo pelo futebol. Tem também um gosto especial pelo basquetebol, mais concretamente NBA. Jogou futebol durante 13 anos, mas agora é na vertente do treino que vai continuando o bichinho pela modalidade.