Para agrado de uns e tristeza de outros, André Silva foi ontem confirmado como reforço do AC Milan por 38M€ + 2M€ por objetivos durante a próxima época.
Uma contratação que vem ao encontro da necessidade de vender do FC Porto até 30 de junho do presente ano.
Porém, várias leituras podem ser feitas: André Silva tinha uma cláusula de 60M€ e Pinto da Costa recusou propostas “milionárias” e agora vende o jovem avançado nacional por 38M€. Será que o processo foi mal gerido pela SAD portista? Isso são opiniões que deixo para os nossos leitores.
Sempre disponível, não se fixando na área à espera que a bola chegasse, corria atrás para fazer jogo, combinava com colegas do meio-campo, tabelava com os extremos, mas o que também causava enorme cansaço no jovem português que acabava os jogos sempre em esforço, fruto do trabalho que tinha de fazer. Vejamos também o seguinte: André Silva teve um início fortíssimo na temporada 2016/2017 mas, com a segunda volta do campeonato e fase a eliminar da Liga dos Campeões, o avançado começou a sentar-se mais no banco de suplentes, por opção técnico-tática de Nuno Espírito Santo.
Logo, foi um jogador que era suplente dos dragões, na segunda fase da época, a ser vendido por 38M€. Na seleção, a história era diferente, tendo agarrado o lugar logo no imediato e nunca mais largado, com 7 golos marcados em 8 jogos e onde a parceria com Cristiano Ronaldo está a dar frutos.
Com todos estes fatores juntos, a venda de André Silva torna-se natural, apesar de ser um campeonato com características muito particulares mas em que, a esperança dos portistas, é que possa singrar no clube de Milão e mostrar todo o seu talento.
O AC Milan está num processo de remodelação, não sendo campeão desde 2011, e a construir um plantel novo, com jogadores novos e que possam garantir um futuro sustentável aos rossoneri e os levem de volta aos lugares de acesso à Liga dos Campeões.
Foto de Capa: AC Milan