O núcleo duro de jogadores está em perigo, Pepe deu o mote para o começo de negociações para a renovação de mais jogadores. Marega, Otávio e Sérgio Oliveira parecem ser aqueles que se seguem. Anteveem-se momentos de tensão, dúvida e muito suspense para a direção e, ainda mais, para os adeptos que não querem ver os melhores jogadores a ir embora sem recompensar financeiramente. O trio, a partir de Janeiro, está livre para assinar por qualquer clube.
Ao FC Porto, esta situação compromete todo o projeto desportivo para a temporada presente, na medida em que a equipa continua a lutar por todas as competições em que está inserida. Eventualmente, a direção pode vir a analisar propostas lucrativas para ambas as partes, contudo, nesta fase parece arriscado libertar jogadores com tanta influência no terreno de jogo e dentro do balneário.
A situação financeira débil do clube pode complicar as negociações, visto que os atletas em questão pretendem receber mais de um milhão de euros limpos pela extensão dos contratos. Neste caso, a Liga dos Campeões é essencial para conseguir liberdade bancária, garantir a passagem aos oitavos de final garante cerca de dez milhões de euros livres, sendo assim possível atacar as negociações com mais argumentos para aliciar os jogadores com quantias mais avultadas.
#FCPorto are having discussions on the renewals of
Otavio
Sergio
Marega pic.twitter.com/kmObyOSKOc— Portista (@FCPortoGlobal) November 14, 2020
Sérgio Oliveira parece ser o mais fácil de convencer, pois o amor pelos dragões pode falar mais alto, ele que aos 28 anos é um pilar portista. A preponderância que demonstra é à medida com o salário que pede, 1.5 milhões e um contrato de longa duração.
Para persuadir Marega o salário pode não ser suficiente. Aos 29 anos e com o desejo já antigo de ingressar na Premier League, pode dificultar as negociações. O maliano começa agora a pensar no futuro da sua família que poderá beneficiar de uma “reforma antecipada” em outros campeonatos.
Já Otávio é uma incógnita, os clubes europeus acenam com o triplo do vencimento que aufere em Portugal, aos 25 anos já atingiu o pico de competitividade na carreira, parece que cumprirá o último ano de dragão ao peito. Além disso, todas as transferências livres equivalem a um encaixe financeiro gigante diretamente para o jogador e o seu empresário.
Com as equipas fortemente prejudicadas com a Covid-19, por terras lusas, é cada vez mais difícil lutar pela permanência dos jogadores mais importantes, uma vez que são aliciados com salários completamente incompatíveis com a realidade que se vive em Portugal.
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão