Meio da época e mercado de Inverno

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    Chegámos quase a meio da época e prepara-se para abrir o mercado de inverno pelo que podemos tirar já algumas ilações e fazer outras tantas considerações.

    Pela primeira vez na era Lopetegui os Dragões estão em primeiro lugar isolado na liga. É uma surpresa, portanto, ver como a equipa e treinador irão reagir a esta nova posição de comando, sendo que o primeiro grande teste é frente ao Sporting. Em caso de vitória podemos ficar com quatro pontos de avanço e lançar uma segunda volta dominante à boa velha maneira portista. Em jeito de balanço, não se pode falar de uma época muito boa até agora já que a eliminação precoce dos portistas da Liga dos Campeões é um rombo desportivo e financeiro a quem aspirava voos um pouco mais altos. embora definitivamente não a considere negativa devido à nossa classificação nas competições internas. A verdade é que estamos em primeiro e continuamos na Taça de Portugal e na famigerada Taça da Liga. Longe de reunir consensos, o treinador basco vai cumprindo um pouco aos empurrões o que lhe é pedido. Mas não foi assim com Vítor Pereira?

    Do jogo portista, em relação ao ano passado, destaco a evolução na primeira fase de construção e nas bolas paradas. Mas ainda há muito a fazer em relação ao último terço e à distância da baliza a que a equipa circula a bola e portanto a dificuldade em criar perigo. Pontos a melhorar ainda esta época.

    André Silva pode ser opção Fonte: FC Porto
    André Silva pode ser opção
    Fonte: FC Porto

    A nível de jogadores a grande desilusão é Imbula, que continua perdido em campo, e o destaque positivo é Layun, que é um autêntico atleta no relvado. Se nas laterais estamos bem servidos o meio campo continua a ser insosso – cumpre mas não deslumbra. Há jogadores que se apresentaram a bom nível, como Rúben Neves, André e um pouco mais discretamente Danilo. O Porto esteve (e está, parece-me) um pouco refém da constante movimentação de André, o que não é bom devido à dependência de um jogador e também porque pode ser sintoma de um problema de posicionamento ou estratégia. No entanto devido à abundância de médios (Herrera, Evandro, Imbula, Bueno, Sérgio Oliveira) e à eliminação precoce da Champions a ida ao mercado não é realista. No ataque contámos com um Brahimi um pouco irregular (tal como no ano passado) mas mais cumpridor, com Corona, que se tem revelado uma boa aquisição, e Aboubakar, que se eclipsou depois de um forte início de época. Dani Osvaldo tem tido poucas oportunidades de modo que é difícil fazer uma avaliação séria do seu rendimento, mas não tem a total confiança de Lopetegui.

    O jogador que tem agradado cada vez que entra é Bueno, o médio ofensivo (que ficou numa situação injusta no último jogo pela discordância dos adeptos em relação à sua escolha para entrar) tem toque de bola e boas decisões, mas só peca pelo fraco poder de choque que apresenta. Sinceramente o Porto não precisa de grandes reforços de inverno ficando talvez lugares vagos para a saída de Osvaldo (que em principio será ocupado por André Silva) e Varela; quem sabe se não serão ocupados por jogadores da equipa B, que tem feito uma caminhada notável.

    O ambiente está melhor no reino do Dragão e o primeiro lugar é a prenda no sapatinho que os portistas queriam. De resto o Porto tem-se mantido à margem de grandes polémicas no futebol e tem evitado declarações inflamadas que soam a surrealismo. Só mesmo a pouca paciência dos adeptos e a paixão inflamada têm abanado o reino do Dragão. E, fazendo as contas, segundo alguns surrealistas nós só somos entre 500 mil a 1 milhão de adeptos… O que seria se tivéssemos 6 milhões e 3,5 milhões de adeptos?!

    A todos os portistas desejo um feliz Natal azul e branco e que os Dragõezinhos (quem precisa de renas quando se tem dragões?) tragam o título de campeão nacional embrulhado que nós não nos importamos de abrir o presente só em Maio.

    Foto de Capa: FC Porto

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    Pedro Nuno Silva
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    Portista de corpo e alma desde que se conhece e amante de futebol, quando o assunto é FC Porto luta para que no meio do coração lhe sobre a razão.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.