Dos mais antigos – Jorge Costa, Aloísio e Fernando Couto – aos mais recentes – Bruno Alves, Felipe e Éder Militão – o eixo defensivo do FC Porto contou sempre com grandes nomesm, para além dos já citados.
Mas até para lá da qualidade, os adeptos portistas estão habituados a um tipo de defesa-central que transmite segurança e liderança ao restante da equipa. Pepe é o maior exemplo disso: liderança, segurança e o conhecimento do verdadeiro significado do que é vestir uma camisola como a do FC Porto.
Défice de opções no eixo defensivo
E o adepto dos azuis e brancos sabe o quão diferente é a defesa do FC Porto quando Pepe está ausente por lesão. Mbemba, o habitual parceiro de Pepe no eixo defensivo, não é o mesmo jogador sem o internacional português ao seu lado – apresenta certa desatenção e falta de rigor defensivo.
Marcano, para além das inúmeras e recentes lesões, na minha ótica, sempre foi muito limitado tecnicamente e nunca me transpareceu segurança a um alto nível de exigência.
Fábio Cardoso, o até então “4.º central” dos azuis e brancos, que também só tem tido minutos por falta de opções, é seguro e atento, mas não arrisca tanto, e um central de equipa grande tem de arriscar e de se mostrar mais ao jogo.
De um ponto de vista geral, o eixo defensivo do FC Porto encontra-se numa situação delicada: dois jogadores lesionados (Pepe e Marcano) e dois centrais disponíveis (Fábio Cardoso e Mbemba).
Para além das poucas opções, Mbemba pode já assinar em janeiro por outro clube, e sair ao final da época, Marcano é um central com inúmeras limitações físicas e Fábio Cardoso ainda é algo “verde”. Sobra o ilustre Pepe, que não é para sempre (apesar de parecer), que em fevereiro de 2022 completa 39 anos de idade.
Será necessário contratar um defesa-central, ou até dois, já neste mercado de janeiro? Na minha opinião irá depender muito daquilo que vai acontecer no dia 7 de dezembro, no duelo frente ao Atlético Madrid, que decide a passagem aos 1/8 de final da liga milionária.
Primeiramente, a passagem dos dragões à próxima fase, é sinónimo de entrada de uma grande fatia de dinheiro nos cofres do Dragão, ficando assim as finanças do clube com um maior grau de estabilidade, o que possibilita uma maior margem de manobra no mercado de inverno.
Obrigado pelo vosso apoio 💙 Lutar até ao fim 💪💪
🗓 7/12 ⚽ FC Porto-Atlético Madrid#FCPorto #LFCFCP #UCL pic.twitter.com/tjma6eLQVB— FC Porto (@FCPorto) November 24, 2021
Em segundo lugar, creio que não é necessário contratar ninguém se o clube tiver “apenas em duas competições” – Campeonato e Taça de Portugal. Não é desvalorizar as competições, pelo contrário, apenas considero que o calendário fica mais plácido e “menos exigente”.
Com os jogadores que os dragões têm no eixo da defesa, é possível “aguentar” até ao final da época e, claro, lutar por títulos. Acredito ainda ser um cenário interessante para Fábio Cardoso, ou até mesmo outros centrais da equipa B, terem oportunidades e evoluírem.
150 jogos depois voltei à casa onde começou a minha caminhada na primeira liga.
Feliz por levar hoje o azul e branco no peito, algo que me enche de orgulho o coração 💙
Obrigado dragões pelo apoio incansável desde o primeiro minuto, que nos levou à vitória 🐉
Seguimos juntos ⚡ pic.twitter.com/woXFfLQenz— Fábio Cardoso 2 (@fcardoso_2) November 28, 2021
Contudo, se houver uma passagem aos oitavos-de final da Liga dos Campeões, é urgente contratar outro jogador para o eixo defensivo! O nível de exigência é outro, e o calendário irá ser demasiado exigente para as poucas opções que o clube tem a nível defensivo.