O mexicano chegou ao FC Porto em 2013 e desde o primeiro dia que veio acompanhado de muita desconfiança. Custou ao clube 11M€ vindo do CF Pachuca e demorou a adaptar-se, tendo mesmo sido utilizado na equipa B.
Com Lopetegui e Nuno Espírito Santo começou a ser mais utilizado mas continuava sem convencer os adeptos, no final das contas tanto fazia boas exibições como más e era demasiado irregular para o gosto de qualquer adepto.
Quando, em 2016, chutou para canto e permitiu ao SL Benfica o empate no Dragão, foi duramente criticado. Redimiu-se quando, a quatro jornadas do fim da época 2017/18, marcou com um pontapé à entrada da área na Luz, valendo os três pontos e a liderança.
Esse golo serviu para solidificar o bom trabalho de Herrera durante a época, que não começou da melhor forma mas que foi sempre melhorando, e a forma como encaixou bem no estilo de jogo de Sérgio Conceição.
A boa prestação no clube valeu-lhe um lugar nos 23 convocados da seleção mexicana e no Mundial da Rússia tem brilhado. Na incrível vitoria frente à Alemanha, foi uma recuperação brilhante de Herrera que deu inicio à jogada do golo e colocou todos os “pontos nos i’s”, solidificando ainda mais a excelente prestação do médio portista que construiu e destruiu, sempre com grande qualidade e com Andrés Guardado ao seu lado, dupla que venceu o duelo com Kroos/Khedira.
Como se não chegasse a boa prestação nas competições de clubes, Herrera brilha no Mundial e, a um ano de acabar o seu contrato, passa a ser um risco para a SAD, que, sem sucesso, já tentou renovar contrato. Sem que ninguém se chegue à frente disposto a pagar um valor próximo da cláusula de rescisão, 40M€, há o risco de, como Marcano e Diego Reyes, sair a custo zero.
Foto de Capa: FC Porto
artigo revisto por: Ana Ferreira