Por outro lado, temos o “rival” Maxi Pereira. Apesar da diferença de idades entre os dois ser já de uma década, a verdade é que Maxi Pereira está longe de estar acabado.
Maxi Pereira é o típico jogador que entrega-se completamente ao jogo, tal como já nos habituou, primeiro no SL Benfica e agora no FC Porto. Dotado de uma raça e entrega pouco comum, Maxi somou e continua a somar pontos, primeiro por ter trocado a cor vermelha pela cor azul e depois por ter marcado na época anterior o golo do empate na Luz.
Maxi é um dos jogadores com maior palmarés no plantel portista (só superado por Iker Casillas) e incontestável na época anterior. No entanto, à imagem do que aconteceu com Alex Telles a substituir um Miguel Layun em forma, o mesmo pode acontecer na lateral oposta com Ricardo a substituir Maxi. Maxi é um jogador com características muito diferentes de Ricardo. O lateral uruguaio funciona mais como lateral limitado dando menos profundidade ao ataque mas compensa essa lacuna com as suas características físicas. O uruguaio prima pelo seu equilíbrio e consistência, sem fazer jogos excelentes mas também sem realizar jogos maus. Nunca foi por culpa de Maxi que o FC Porto não ganhou títulos e se Ricardo não tivesse regressado, Maxi ainda seria esta época, dono incontestável da direita portista. Surge assim uma dúvida. Numa altura em que se afigura um cenário em que Maxi seja segunda opção, valerá a pena manter o uruguaio no plantel, sabendo que é um dos jogadores mais bem pagos?
Veredicto: Tal como nos jogos de preparação da pré-época, também neste frente a frente, Ricardo Pereira supera Maxi Pereira, mas por pouco. Apesar disso, é bom saber que o FC Porto poderá vir a contar com duas opções de grande qualidade para a lateral direita, ficando a posição muito bem entregue seja qual for a escolha de Sérgio Conceição.
Foto de Capa: Bola na Rede