O que se passou com Nakajima? O enredo entre o nipónico e o FC Porto

    Fez recentemente um ano que o FC Porto fez uma das maiores aquisições da sua história (em termos monetários, claro). Shoya Nakajima foi um investimento de 12 milhões de euros apenas por 50% do passe. Um valor muito alto que tinha de dar a Nakajima um estatuto de titular e preponderância na equipa de Sérgio Conceição.

    Todas as expetativas e previsões para um craque que ia ser um verdadeiro número 10 dos dragões desvaneceram-se ao longo da presente época de 2019/2020. Nakajima acabou por ser um dos flops do futebol português e muita tinta correu e continua a correr nesta novela que parece interminável.

    É inegável que o médio/extremo nipónico tem qualidades reconhecidas e que foram visíveis ao serviço do Portimonense SC e do Al-Duhail SC. A sua capacidade no um para um e de conduzir as equipas em termos ofensivos dava água nas bocas para os adeptos portistas. Esperava-se golos e pura magia asiática.

    Esperava-se e ainda se espera… O campeonato já terminou e Nakajima não foi um elemento preponderante no FC Porto. Todas as notícias do jogador japonês têm sempre um conteúdo relacionado a qualquer polémica entre Nakajima, a equipa e até a estrutura azul e branca.

    O que se passou com Shoya Nakajima? O enredo entre o nipónico e o FC Porto. Mas quem esteve mal afinal? FC Porto ou Nakajima?
    Um movimento de Nakajima que raramente se viu de dragão ao peito
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Antes de passar para o assunto de ordem dos últimos dias, muito preocupante por sinal, é possível fazer uma síntese de vários acontecimentos que podem ter ajudado à situação atual. Situações essas que podem ter sido um verdadeiro “pré” do fim do ciclo de Nakajima no FC Porto.

    Um dos acontecimentos foi a ausência de Nakajima no clássico no Estádio da Luz para ir ao Japão acompanhar o nascimento do filho. Note-se que a sua mulher apresenta alguns problemas de saúde e tinha uma gravidez de risco, um fator que, na minha opinião, é perfeitamente justificativo.

    Outro foi o “berro” de Sérgio Conceição a Nakajima no final do jogo frente ao Portimonense SC, muito pela sua pouca agressividade e má entrada no jogo. Aí já era visível algum desconforto entre o japonês e o restante grupo.

    E, entre algumas fases da época em que teve alguma preponderância na equipa e pensava-se que era o dia da afirmação, veio uma lesão e mais tarde a pandemia de Covid-19.

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    João Castro
    João Castrohttp://www.bolanarede.pt
    O João estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. A sua grande paixão é sem dúvida o jornalismo desportivo, sendo que para ele tudo o que seja um bom jogo de futebol é bem-vindo. Pode-se dizer que esta sua paixão surgiu desde que começou a perceber que o mundo do futebol é muito mais que uma bola a passear na relva.