
FC Porto e Inter de Milão, adversários nos oitavos de final da Liga dos Campeões da presente temporada, estão prestes a medir forças novamente. O segundo jogo está marcado para a próxima terça-feira e há um grande equilíbrio entre as duas equipas em relação ao favoritismo do encontro, tal como indicam as odds da Betano.
As duas formações têm também um historial considerável de atletas que envergaram as camisolas destas duas instituições históricas do futebol europeu, com casos de maior êxito, como Alex Telles, Álvaro Pereira, Rolando e Mariano González, mas também mais discretos, como Daniel Osvaldo e Pelé.
Assim, segue a listagem de cinco elementos que foram dos melhores jogadores a representarem os dois clubes.
5.
Juary – O avançado brasileiro foi o primeiro jogador a atuar pelos dois clubes, chegando a Milão em 1982, onde não teve uma longa estadia, já que apenas representou o Inter durante uma temporada (27 encontros), apontando somente três golos. Por outro lado, na Invicta, onde aterrou em 1985 e permaneceu durante dois anos e meio (registando 19 golos em 60 jogos), Juary, mesmo sem nunca se ter afirmado como titular indiscutível, fez história pelos azuis e brancos ao apontar um golo e uma assistência na final da Taça dos Campeões Europeus de 1986/87, que o FC Porto venceu por 2-1, frente ao Bayern de Munique. A par do título europeu, o ponta de lança conquistou ainda dois Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal.
4.
Maniche – Oriundo do rival SL Benfica, o médio português assinou pelo FC Porto em 2002 e foi um elemento preponderante da equipa dos dragões que José Mourinho – que também orientou o Inter com grande sucesso – guiou até à glória europeia. Ao todo, ao longo de 124 partidas em três épocas, Maniche venceu uma Taça, duas Supertaças e duas Ligas em Portugal, às quais acrescentou uma Taça Intercontinental, uma Liga Europa e uma Liga dos Campeões, a nível internacional. Numa fase mais tardia da sua carreira, representou o Inter de Milão durante meia temporada, por empréstimo do Atlético de Madrid, e, embora só tenha entrado em campo 11 vezes, ajudou os nerazzuri a levantar uma Serie A.
3.
Ricardo Quaresma – Com 225 encontros de dragão ao peito distribuídos por duas passagens pela Invicta (num total de seis épocas), o “Mustang” é o 47º atleta com mais jogos pelo clube. Nestes, o extremo contribuiu com 58 passes para golo e 50 remates certeiros para o engrandecimento do palmarés azul e branco com uma Taça, duas Supertaças e três Ligas portuguesas e ainda uma Taça Intercontinental. Embora nunca tenha comprovado toda a sua qualidade ao serviço de Barcelona, Chelsea e Inter, no qual só fez as redes abanarem uma vez em 32 desafios, Quaresma conseguiu ainda conquistar uma Taça e uma Liga em Itália, bem como uma Liga dos Campeões com o conjunto de Milão.
2.
Sérgio Conceição – Apesar de não ter títulos tão impactantes como os jogadores até agora mencionados, Sérgio Conceição impôs-se nas duas equipas, algo que estes não conseguiram fazer. No “seu” FC Porto, somou 11 golos e 20 assistências em 89 partidas a nível profissional (também terminou a sua formação no clube), divididas por duas estadias na Invicta, totalizando duas épocas e meia na equipa principal dos dragões, ao serviço da qual venceu uma Supertaça, uma Taça e três Ligas portuguesas. Já na capital da moda, embora tenha sido presença regular em campo nos dois anos em que representou o Inter, registando 65 jogos, o ala não levantou qualquer troféu.
1.
Fredy Guarín – O médio colombiano tem direito ao primeiro lugar desta lista por ter sido uma figura preponderante em ambos os emblemas durante um vasto período. Contratado ao Saint-Étienne no verão de 2008, Guarín passou três temporadas e meia no Dragão, onde atuou com elevada frequência (117 desafios) e ganhou uma Liga Europa, três Supertaças, três Taças e três Ligas portuguesas. De seguida, mudou-se para Milão, onde teve ainda maior protagonismo, sendo quase sempre titular nos 141 encontros que disputou ao longo de quatro anos em Itália, embora também não tenha arrecadado qualquer título, registo que não faz justiça à qualidade e consistência que mostrou pelos nerazzuri.
Artigo de opinião de Simão Vitorino