O Futebol é e sempre foi um desporto de emoções fortes, e assim vai continuar. Queremos que o clube pelo qual somos adeptos ganhe e que os jogadores do elenco tenham sucesso dentro e fora de campo. Assim, é dado o mote para um dos flagelos do Futebol português, o insulto ao homem por detrás do jogador, neste caso, Otávio Monteiro.
Criticar a prestação em campo de um jogador é algo que todos, mesmo sem a competência para tal, somos livres de o fazer, é natural não gostar de uma ou outra prestação. Mas quando a crítica passa ao insulto é abominável e demonstra totalmente a realidade do Futebol português, e os nichos de ódio que se criam em torno de um outro jogador.
Otávio é um desses exemplos, claro que o luso-brasileiro não é um santo, aprecia a provocação e destabiliza mentalmente qualquer um que ceda facilmente, é um daqueles jogadores que vai defender com “unhas e dentes” o clube e os seus colegas sem querer saber daquilo que lhe vão chamar ou fazer contra si.
Recentemente, o jogador naturalizou-se com toda a legalidade português, foi chamado legalmente pelo selecionador e, consequentemente, foi arrasado nas redes sociais pelos selecionadores de bancada – com uma simples pesquisa pelo nome “Otávio” é normal encontrar insultos graves ao jogador e à sua integridade física – algo que não aconteceu com os outros luso-brasileiros que engrandeceram a seleção com o seu talento, entre eles: Lúcio Soares, Celso Matos, Deco, Pepe, Liedson, Dyego Sousa e Matheus Nunes.
Otávio e Matheus Nunes com a camisola de Portugal🇵🇹:
Otávio:
🏟 3 jogos
⚽️ 2 golos
👟 1 assistênciaMatheus Nunes:
🏟 4 jogos
⚽️ 1 goloExcelente começo de ambos ao serviço da seleção nacional! 👏🏻 pic.twitter.com/LN0xNhkGKy
— Diário de Transferências (@DTransferencias) March 25, 2022
Os nacionalistas dizem que estes jogadores vieram tirar o lugar de jogadores portugueses e os insultos surgem. Não podemos cooperar com estes movimentos de ódio, pois sempre que a seleção joga os clubes não existem, os jogadores selecionados vão com o propósito de fazer Portugal triunfar e se não possuíssem essas ambições não se tornavam elegíveis para vestir a camisola das quinas.
Agrada-me que Otávio se empenhe pela seleção, pois é um jogador que faz falta, a mentalidade de dar tudo pela camisola que veste pode ser muito importante no Mundial (se for convocado).
Artigo revisto por Joana Mendes