
A CRÓNICA: PEPE IMPERIAL NUM JOGO DO FC PORTO EM QUE TAREMI COMPLICOU
Jogo de opostos na Mata Real com o FC Paços de Ferreira, com baixas importantes, a lutar por sobreviver, enquanto recebia um FC Porto relançado na quase impossível luta pelo título.
A equipa da casa apresentou-se num 4x3x3 com Vekic na baliza, acompanhado por Antunes, Lima, Ferigra e Juan Delgado na defesa, à frente destes estavam, Rui Pires, Luiz Carlos e Holsgrove, com Nico Gaitán, Guedes e Zé Uilton num tridente ofensivo.
Já os visitantes, aproximaram-se da máxima força, e apresentaram-se no seu 4x4x2 habitual, com Diogo Costa na baliza, Wendell, Marcano, Pepe e Manafá na defesa, Uribe e Otávio no meio, acompanhados por Galeno e Pepê, a dupla atacante voltou a ser composta por Evanilson e Taremi.
César Peixoto optou por um plano ousado, subindo a linha defensiva conseguiu compactar a equipa pacense e retirou qualquer espaço ao jogo interior portista. Esta coragem teve frutos logo no início com o FC Paços de Ferreira a aproximar-se perigosamente da baliza azul e branca, causando o pânico na defesa portista.
A tarefa já difícil dos pacenses, ficou ainda pior, com a “expulsão foguete” de Holsgrove, já depois dos 45’. César Peixoto respondeu com a entrada de Paulo Bernardo, mas o FC Paços de Ferreira só chegou à baliza azul e branca por duas vezes na segunda parte, com uma aproximação de Guedes e um remate de longe.
A presença de Otávio, no miolo da equipa azul e branca, foi o maior sinal da intenção de Sérgio Conceição em resolver o jogo rápido, o pouco espaço dado pelo FC Paços de Ferreira no centro do terreno, fez com que os portistas apostassem mais nas mudanças de flanco e no jogo exterior, com a largura dada por Galeno na esquerda e Manafá na direita.
A defesa subida do FC Paços de Ferreira, convidou à verticalidade da equipa portista que tentou aproveitar o espaço nas costas da defesa pacense, através de desmarcações rápidas, passes em profundidade e bolas aéreas nas costas dos defesas, isto permitiu aproximações perigosas à baliza de Vekic que fez um ótimo trabalho frente a Mehdi Taremi e a Pepê.
A estratégia portista resultou num penálti sobre André Franco, que quebrou a resistência pacense com o remate certeiro de Taremi na cobrança do castigo máximo, a entrada da dupla Namaso e Toni Martinez, em substituição de Taremi e Evanilson, deu um novo fulgor ao ataque azul e branco, acabando mesmo por combinar para o golo que sentenciou o jogo.
A FIGURA

Pepe – 40 anos de pura classe, o capitão portista está a envelhecer como um ótimo vinho do porto. Quando a equipa precisou dele, realizou um enorme sprint e conseguiu apanhar Guedes, quando este se preparava para disparar à baliza portista. Não marcou os golos da vitória portista, mas foi essencial para manter os azuis e brancos no jogo. Imperial.
O FORA DE JOGO

Taremi – Apesar de ter sido considerado o Homem do Jogo, a realidade é que o avançado portista desperdiçou hipóteses cruciais para os azuis e brancos. Num campeonato tão disputado como o deste ano, estes desperdícios podiam ter custado muito caro ao FC Porto.