Pepe, mítico central português, regressou ao Dragão, em janeiro de 2019, um regresso que à primeira à vista não foi muito bem-visto, não pela valia do jogador, mas sim porque veio alterar o sistema instalado na defesa, empurrando Militão para o lado direito.
Contudo, rapidamente, essas desconfianças foram dissipando, uma vez que Pepe veio demonstrar que o seu regresso não foi apenas para terminar a sua gloriosa carreira, foi para acrescentar qualidade ao setor recuado dos azuis e brancos.
E a verdade, passado três anos e meio, o internacional português já vai na sua quinta temporada, um feito inimaginável e alcance de poucos. Além disso, Pepe é a verdadeira extensão de Sérgio Conceição em campo, um líder que transporta na sua verdadeira essência a “mística à Porto”, o que relata bem da sua preponderância aos 39 anos, a caminho dos 40, que tem no plantel portista.
Aos 40 anos, muitos jogadores já nem jogam futebol há anos, mas isso não assiste a este campeão, que pelo andar da carruagem irá perseguir o recorde do japonês, Miura, de 55 anos. Algo que já vai para além do imaginável, mas que retrata bem que Pepe não é só um exemplo, como ainda é um dos melhores na sua posição, face a um sentido posicional e um timing de desarme como poucos tem.
Por agora, fruto do seu grande mundial, Pepe encontra-se a recuperar de lesão, pelo que só deve voltar em 2023 e se for caso disso, por favor que venha o ano novo para ver este campeão jogar.