Pepe | Um líder do FC Porto dentro e fora do terreno de jogo

    Pouco mais de ter passado um ano do regresso de Pepe ao FC Porto, o internacional português vive uma situação pouco habitual na sua carreira, que é o facto de estar no banco de suplentes, sendo a  principal razão para este plano mais secundário de que o jogador está a viver é a excelente forma do seu colega de equipa, Chancel Mbemba, que tem aproveitado da melhor forma a recente lesão que Pepe sofreu e que o atirou para o atual momento em que se encontra.

    Porém, não significa que o ex-Real Madrid CF perca o peso que tem no balneário portista, já que é o jogador com mais história e titulado no emblema da invicta, o que faz com que seja um dos líderes do plantel azul e branco. Além disso, fruto da maturidade que já adquiriu ao longo dos anos, Pepe tem sabido conviver com o atual contexto da melhor maneira e exemplo disso mesmo foi a forma como festejou o golo anulado frente ao Rio Ave FC, caso tivesse sido validado tinha dado a vitória à formação orientada por Sérgio Conceição.

    Desta forma, poderá dizer-se que mais do que a sua importância desportiva, ou seja, do seu contributo que pode dar dentro de campo, o futebolista assume-se como uma figura crucial para estes últimos dois meses de campeonato, uma vez que dará, certamente, um papel mais educativo aos mais jovens. Significa isto, que funcionará como uma voz de comando, que orientará a equipa dos dragões a moldar-se nos períodos de maior pressão e de maior dificuldade, contributo esse que advém das várias experiências que já viveu enquanto jogador e que lhe trazem uma bagagem enorme. A sua importância é ainda mais imprescindível por estar integrado num grupo que já não tem uma cultura de vitória que outros plantéis do FC Porto apresentavam e que cada vez mais está refém de referências do clube, que possam transmitir a “mística”, que tanto carateriza o conjunto da invicta.

    Mbemba é a principal razão por Pepe não ter regressado à titularidade, após a sua recuperação
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Por sua vez, o defesa central assumirá como uma “ponte” entre a equipa técnica e o grupo de trabalho, um ponto de apoio em que o treinador suportará para consolidar as suas ideias e a sua liderança e há vários exemplos desses pelo futebol fora, tal como acontece com Thiago Silva no Paris Saint Germain FC, com David Silva no Manchester City FC, com Thomas Muller no FC Bayern Munich, ou então um exemplo mais dentro de portas com o caso de Jardel no SL Benfica.

    Por outro lado, há que realçar ainda, que Pepe não funcionará apenas como um adereço motivacional, isto porque, apesar dos seus 37 anos, o campeão de Europa por Portugal em 2016 tem-se apresentado a um nível irrepreensível, que faz com que seja merecedor de toda a confiança concedida por parte do seu treinador e toda a massa associativa portista. Prova disso são os números que apresenta, pois desde o seu regresso já cumpriu 48 partidas pelo FC Porto, tendo marcado três golos.

    Assim, espera-se que Pepe consiga guiar as tropas azuis e brancas aos objetivos traçados e que com a experiência e respeito que tem dentro do panorama do futebol consiga galvanizar, assim como manter a humanidade e a seriedade entre os seus colegas de equipas, para que o FC Porto chegue a Maio com razões para festejar.

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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    Diogo Ataíde
    Diogo Ataídehttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo “respira” futebol desde que se conhece, tendo estado sempre ligado a este mundo da bola, onde sofre pelas cores azuis e brancas do FC Porto. Agora, estudante de direito, é através da escrita que encontra o espaço ideal para continuar ligado a este universo sem par.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.