📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:
- Advertisement -

A poucos dias de um Clássico que muito provavelmente irá decidir o futuro campeão nacional, importa fazer algumas considerações sobre o momento de forma de um FC Porto que tem vindo a perder fulgor e que cedeu o primeiro posto da classificação após 28 jornadas na liderança.

O artigo de opinião de hoje tem como foco principal a abrupta queda de rendimento ofensivo da equipa que leva, nos últimos quatro jogos, a uma modesta média de um golo marcado por jogo e em que nenhum dos quatro golos apontados foi marcado pelos avançados.

O processo ofensivo do FC Porto nunca foi, ao longo da época, uma enciclopédia de bom futebol. A fisionomia robusta dos seus homens mais adiantados (Marega, Aboubakar ou Soares) bem como a primazia rotativa e física dos médios (Herrera e Danilo) concorrem para que, ao invés de um futebol rendilhado e de toque, seja mesmo essa potência física a característica principal do ataque azul e branco.

Estando a estratégia ofensiva do clube muito mais dependente dos índices físicos dos jogadores do que das capacidades técnicas que estes possam ter, torna-se impossível dissociar as lesões de jogadores fundamentais e a enorme quantidade de jogos realizados por um plantel curto da menos produtividade ofensiva que se tem verificado nos últimos tempos.

O cansaço físico e emocional a que o plantel tem sido sujeito tem retirado discernimento aos jogadores no momento da decisão e tem conferido ao processo ofensivo uma dose de previsibilidade que não se via numa fase mais embrionária da temporada.

O regresso à melhor forma do trio africano do FC Porto será essencial para o ataque às últimas cinco finais
Fonte: FC Porto

O momento individual de muitos jogadores também tem pesado na hora de fazer balançar as redes. Aboubakar, de quem sou um admirador confesso, não voltou com o mesmo fulgor depois da lesão e é sabido que necessita de estar estável no plano emocional para que possa render ao mais alto nível. O que se tem visto é um jogador cada vez mais ansioso e nervoso com a falta de golos e um atleta menos capaz no momento da explosão.

O mesmo se pode dizer de Tiquinho Soares. Tem menos perfume nos pés do que o camaronês mas é um jogador mais estável no plano psicológico e mais felino dentro da área. A lesão retirou-lhe alguma mobilidade e a falta de golos também começa a pesar. A estes junta-se Yacine Brahimi. Na minha opinião o jogador mais talentoso do nosso futebol, mas a quem o cansaço físico mitiga em demasia a sua performance. Quando em forma utiliza toda a sua qualidade ao serviço do coletivo mas, como é o caso, quando começa a sentir desgaste perde acutilância e exagera no momento individual do jogo.

Por fim, torna-se impossível não referir Marega. Ninguém diria que o maliano iria ganhar tamanha preponderância na equipa. Eu próprio desvalorizei, não raras vezes, a importância que este poderia vir a ter para a equipa. O que é um facto é que desde a sua lesão no Clássico com o Sporting, o FC Porto não voltou a ser o mesmo e a capacidade na procura da profundidade e das costas das defesas adversárias quase se esfumou por completo.

Aliado a tudo isto, há outros dois momentos onde o FC Porto perdeu qualidade. No pressing alto e na recuperação de bola em zonas adiantadas (fruto de uma menor frescura física) e na bola parada ofensiva (dada a ausência por lesão de Alex Telles).

Em suma, parece-me que a falta de golos nos últimos jogos tem muito mais a ver com questões de ordem física e psicológica do que com a perda de capacidade ou qualidade dos seus jogadores. Portanto, cabe à equipa técnica encontrar as melhores soluções para recuperar os jogadores física e mentalmente para que estes se apresentem de cara lavada no Estádio da Luz e para que regressem à cidade Invicta com 3 importantes pontos na bagagem.

 

Foto de Capa: FC Porto

Artigo revisto por: Jorge Neves

Bernardo Lobo Xavier
Bernardo Lobo Xavierhttp://www.bolanarede.pt
Fervoroso adepto do futebol que é, desde o berço, a sua grande paixão. Seja no ecrã de um computador a jogar Football Manager, num sintético a jogar com amigos ou, outrora, como praticante federado ou nos fins-de-semana passados no sofá a ver a Sporttv, anda sempre de braço dado com o desporto rei. Adepto e sócio do FC Porto e presença assídua no Estádio do Dragão. Lá fora sofre, desde tenra idade, pelo FC Barcelona. Guarda, ainda, um carinho muito especial pela Académica de Coimbra, clube do seu pai e da sua terra natal. De entre outros gostos destacam-se o fantástico campeonato norte-americano de basquetebol (NBA) e o circuito mundial de ténis, desporto do qual chegou, também, a ser praticante.

Subscreve!

Artigos Populares

Paul Scholes elege pior contratação da história do Manchester United: «Não conseguia dar um chuto numa bola, nunca vi nada assim»

Paul Scholes elegeu o guarda-redes Mark Bosnich como a pior contratação da história do Manchester United.

Deu o triunfo ao Manchester United no Boxing Day e respondeu às críticas de Ruben Amorim: «Nunca é agradável»

Patrick Dorgu foi a estrela do Manchester United na vitória frente ao Newcastle, no Boxing Day. O lateral foi chamado a comentar críticas antigas de Ruben Amorim às suas prestações.

Bis de Jovane Cabral garante triunfo do Estrela da Amadora frente ao Famalicão

O Estrela da Amadora venceu na deslocação ao terreno do Famalicão por 3-2. Encontro referente à 16.ª jornada da Primeira Liga.

Massimiliano Allegri confirma reforço para o AC Milan e assume ausência de Rafael Leão: «Tem uma lesão que o impede de correr»

Massimiliano Allegri utilizou a conferência de imprensa do AC Milan para confirmar que Rafael Leão vai falhar o próximo jogo por lesão. O técnico confirmou também que Niclas Fullkrug é reforço dos rossoneri.

PUB

Mais Artigos Populares

Marco Silva enaltece vitória do Fulham sobre o West Ham e Nuno Espírito Santo lamenta golo tardio: «tudo de mau nos acontece»

O Fulham de Marco Silva bateu o West Ham de Nuno Espírito Santo na Premier League. Os dois treinadores portugueses reagiram ao desfecho do encontro.

Aston Villa derrota Chelsea em Stamford Bridge e soma 11.ª vitória consecutiva

O Aston Villa venceu o Chelsea em Stamford Bridge por 2-1, no encontro da 18.ª jornada da Premier League. Os villans somam 11 vitórias consecutivas.

Al Ittihad de Sérgio Conceição bate Al Shabab e soma terceira vitória consecutiva

O Al Ittihad recebeu e venceu o Al Shabab por 2-0, na jornada 11 da Liga da Arábia Saudita. Danilo Pereira e Roger Fernandes foram titulares.