Como já é do conhecimento de todos os portugueses, a Liga e a Federação Portuguesa de Futebol suspenderam, por tempo indeterminado, as competições a partir do dia de hoje, por questões de saúde, o que anula, automaticamente, o jogo do FC Porto em Famalicão.
Não há jogos, não há treinos, não há contactos possíveis entre jogadores e equipas técnicas. Foi o mais sensato, coerente e a resolução mais viável para um problema que está longe de acabar.
Numa altura em que começam a ser revelados vários casos de jogadores que contraíram o Covid-19 pelo mundo. Tendo em conta a propagação do contágio, qualquer atleta corria sérios riscos de contrair e de contaminar alguém posteriormente. A solução peca apenas por tardia, uma vez que até ontem ainda se realizaram jogos.
Ainda assim, a primeira medida adotada foram os jogos à porta fechada, a meu ver, já tinha sido uma má ideia. Os jogadores continuavam em perigo e a essência do futebol, o espetáculo puro, não ia existir. A questão que se põe em cima da mesa e, neste momento, tem o seu qb de relevância é a influência que esta paragem — que se adivinha longa — pode ter na equipa do FC Porto.
Numa fase em que a equipa seguia líder do campeonato — depois de ter recuperado oito pontos de desvantagem —, esta paragem obrigatória vai quebrar, inevitavelmente, o ritmo competitivo de todos os atletas. E é até nesse sentido que já surgem algumas especulações acerca da conclusão antecipada do campeonato como também do adiamento indeterminado. Aquilo que se sabe até ao momento é que há uma indefinição clara do que irá acontecer futuramente.
No entanto, o único problema para cada clube, neste caso para o FC Porto, é apenas a quebra do rendimento. Os jogadores sem treinos e sem jogos vão acabar por acusar falta de minutos. Mas, no meio deste problema todo, isso torna-se irrelevante. Uma vez que será um problema geral de todos os clubes.
O FC Porto nesta altura da temporada também já acusava algum cansaço e momentos de pouca rentabilidade. E isto até pode ser favorável para repor energia e foco. O que é certo é que o medo que paira também não ia ser bom. Acima de qualquer clube, de qualquer competição, está a saúde de todos e de cada um. E o FC Porto, como já demonstrou ser anteriormente, está unido nas causas e na vida.