Outro ponto que vai gerando alguma apreensão prende-se com a lesão de Danilo e os prejuízos que isso pode trazer à equipa. O comendador é, neste momento, pedra fundamental do onze e há claramente um FC Porto com e sem o internacional português. No clássico, o recuo de Herrera funcionou bem, sobretudo (parece-me) pelo facto do mexicano ter sido poucas vezes posto verdadeiramente à prova. Isto claro, falando no momento defensivo, onde Danilo se revela uma verdadeira parede, ocupando um raio de ação e desempenhando funções (defensivas) para as quais ainda não vimos Herrera mostrar credenciais. O mexicano distingue-se mais pelo transporte de bola e pela pressão alta.
Por fim, chegamos à estreia de Majeed Waris, que jogando pouco acabou por demonstrar alguns pormenores técnicos interessantes. A frieza, confiança e classe com que bateu Patrício nas grandes penalidades podem indiciar que estamos perante o fator que tem faltado ao FC Porto no momento de decidir jogos grandes (ou de maior dificuldade): classe no momento de decisão. Os movimentos sem bola e a antecipação das jogadas – essencialmente a inteligência para conseguir cabecear entre dois gigantes como Coates e Mathieu como sucedeu em duas ocasiões – são algumas das novidades que poderão estar reservadas para o que resta da época.
A força mental que se exige, a busca por opções que façam “esquecer” Danilo e a curiosidade pela confirmação de credenciais evidenciadas pela(s) nova(s) arma(s), poderão ser a linha que separa uma época de sucesso do fracasso total.
Foto de Capa: FC Porto
artigo revisto por: Ana Ferreira