Que venham mais jogos da seleção sub-21! | FC Porto

    Neste artigo vou-vos falar de três jogadores em que o impacto da recente paragem para as seleções foi francamente positivo. Não se trata de atletas internacionais pela seleção A de um país, mas sim pelos sub-21. E, se eu vos disser que são portugueses e jogam na equipa A do FC Porto, acho que já devem saber de quem eu estou a falar. Nada mais nada menos do que Diogo Leite, Fábio Vieira e Francisco Conceição. Na minha opinião, estes são os três internacionais sub-21 portistas que melhor beneficiaram da ida à seleção. Se foi um fator de confiança? Acho que é a melhor palavra chave para descrever o impacto desta pequena pausa no Olival.

    Começando por falar em Diogo Leite, é um dos casos mais flagrantes de como uma ida aos sub-21 ajudou muito na confiança de um jogador que pouco jogava no FC Porto. O jovem central portista sempre foi um jogador no qual a massa associativa e a estrutura portista depositaram muitas confianças. Fazia parte da geração da defesa dos “Diogos”, venceu a UEFA Youth League e teve um percurso notável quer ao serviço da formação portista como ao nível da seleção. A chegada à equipa principal deu-se na época de 2018/2019, mas nunca houve uma afirmação absoluta do jogador como titular. No entanto, vermos a braçadeira de capitão e um número como o 4 nas costas de Diogo Leite já foram dados, apesar de tudo, positivos.

    Na presente temporada, o defesa central de 22 anos participou em 22 jogos pelo FC Porto. Até à paragem para as seleções, Diogo Leite não era o defesa central que mais vezes aparecia no onze inicial portista. Muitas vezes víamos Sarr no banco e o jovem português nem convocado era. A verdade é que, mesmo depois de uma má exibição em Portimão frente ao Portimonense, a paragem das seleções permitiu a Diogo Leite ganhar confiança (por ser um dos pilares de Rui Jorge) e jogar com maior regularidade na equipa. Nos últimos dois jogos para o campeonato (CD Santa Clara e CD Tondela), Diogo Leite cumpriu os 90 minutos como titular. Podemos argumentar que Sarr é uma carta praticamente fora do baralho e que Mbemba e Pepe têm sofrido um pouco com as lesões, mas a verdade é que o número 4 está lá.

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    De seguida, falo-vos de Fábio Vieira. Para mim, este é o caso em que a seleção sub-21 caiu mesmo que nem uma luva. Já não me lembrava de ver Fábio Vieira a ser uma opção fiável na equipa de Sérgio Conceição e a mostrar a qualidade que tínhamos visto nos últimos jogos da época transata. Antes da paragem, víamos quase sempre “Fora da equipa” ou “suplente não utilizado”.

    Foi, sem dúvida, uma consequência daquele jogo infernal frente ao Boavista FC no Estádio do Dragão em que Sérgio Conceição deixou grandes críticas de forma indireta a Fábio Vieira e João Mário. O número 50 voltou a ganhar confiança, até pelo golo marcado pela equipa das quinas, e foi suplente utilizado nos últimos quatro jogos do FC Porto em todas as competições. Já João Mário nunca mais mereceu a confiança do técnico portista.

    Por fim, falo-vos do jogador que ganhou menos com a pausa para as seleções. Por eu dizer que ganhou menos não quer dizer que tenha vindo desmotivado. Os seus índices de confiança é que já estavam tão altos que era impossível subir mais, e mesmo assim chegou a marcar pela seleção. Francisco Conceição foi um dos maiores motivos para a exclusão de João Mário e Felipe Anderson das escolhas de Sérgio Conceição. Desde aquele célebre encontro frente ao Boavista FC, Chico tornou-se numa arma secreta para entrar sempre que o jogo não estivesse favorável para os azuis e brancos.

    Com paragem ou não para as seleções, tenho quase a certeza de que a aposta no jovem extremo se iria manter. Com aquele estilo matreiro sempre colado ao pé esquerdo, entrou nos últimos três jogos do FC Porto, antes da segunda mão contra o Chelsea FC, desde a chegada das seleções. Não é uma novidade, mas podemos perceber que a ida à seleção não estragou de forma alguma o índice de confiança do jovem portista. É sempre bom para um jovem com idade júnior já estar neste patamar quer ao nível do clube como da seleção.

    São assim três casos que mostram como muitas vezes a paragem das seleções pode trazer mais que o cansaço e o vírus FIFA. O índice de confiança é um dado cada vez mais preponderante num atleta profissional de futebol. Que venham mais jogos da seleção sub-21!

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    João Castro
    João Castrohttp://www.bolanarede.pt
    O João estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. A sua grande paixão é sem dúvida o jornalismo desportivo, sendo que para ele tudo o que seja um bom jogo de futebol é bem-vindo. Pode-se dizer que esta sua paixão surgiu desde que começou a perceber que o mundo do futebol é muito mais que uma bola a passear na relva.