SC Braga 2-1 FC Porto: Dragões só jogaram 45 minutos e permitem o pódio aos Guerreiros do Minho

    A CRÓNICA: EM DUAS PARTES DISTINTAS, A SORTE ACABOU POR CAIR PARA O LADO DOS BRACARENSES

    Numa partida em que o FC Porto já entrou com o título na mão, os dragões olharam para esta partida mais numa perspetiva de ensaio para o final da Taça de Portugal, que vai ocorrer na próxima semana, frente ao SL Benfica. Por sua vez, o SC Braga ainda alimentava a esperança de atingir o pódio do campeonato e desta forma entrar diretamente na fase de grupos da Liga Europa.

    Os jogadores de Sérgio Conceição entraram com a lição bem estudada e desde cedo mostraram muita personalidade e confiança no seu jogo, trocando bem a bola e não deixando os bracarenses tomar o controlo do desafio. Por isso, não foi surpresa nenhuma que ao minuto cinco os novos campeões nacionais tenham inaugurado o marcador por Uribe, que na sequência do lance saiu lesionada, entrando para a sua vaga Sérgio Oliveira.

    Apesar do golo portista, os azuis e brancos não desaceleraram e continuaram com o controlo da partida, uma vez que a formação da casa não conseguiu expressar nenhuma reação ao tento do internacional colombiano. O remate frouxo de Trincão aos 18 minutos espelha bem a exibição até ao momento dos seus colegas. Por volta dos 30 minutos, o SC Braga começou a dividir a posse de bola com os homens da invicta, mas foi o FC Porto que teve mais próximo de dilatar a vantagem, que tinha acontecido mesmo, caso Soares não estivesse em posição irregular na assistência para Sérgio Oliveira.

    O segundo tempo não começa de feição para o FC Porto que viu Luis Díaz a sair lesionado e na jogada a seguir sofre o golo do empate num remate proferido por Ricardo Horta, que ainda sofre um desvio fatal em Zé Luís, que acaba por trair Diogo Costa. No entanto, os dragões não pareceram ter acusado o golo sofrido e Otávio ameaçou logo o empate, mas Matheus fez uma defesa segura. Contudo, a formação orientada por Artur Jorge pareceu ter animado com a igualdade no marcador e à passagem do minuto 60 obrigou Diogo Costa aplicar-se por duas vezes, primeiro após um remate de Paulinho e num segundo momento após um ressalto num canto.

    O crescimento dos bracarenses verificou-se ao minuto 66 com Fransérgio a disferir um remate colocado que consumou a reviravolta dos homens da casa, após um período em que os dragões concederam o controlo da partida à formação do Minho. Após o golo dos “Guerreiros do Minho”, Zé Luís ficou perto de desviar um cruzamento de Manafá, mas foi Diogo Costa que volta a estar em evidência ao levar a melhor, desta vez, no duelo sobre Ricardo Horta.

    O golo que deu a vitória ao SC Braga e, com a combinação de resultados, o terceiro lugar 

    Até ao final, ambas as equipas tentaram buscar o golo, mas o marcador não voltou a alterar-se, acabando o SC Braga por conquistar os três pontos e consequentemente o terceiro lugar, nesta edição 2019/2020 da Liga Portuguesa.

    A FIGURA

    Ricardo Horta – Um dos melhores jogadores do SC Braga esta temporada, uma vez que se evidenciou a grande nível ao longo de toda a época e foi por ele que os bracarenses chegaram ao empate. Alem disso, foi sempre um dinamizador do ataque dos “Guerreiros do Minho” e teve mais duas oportunidades para dilatar a vantagem da sua equipa. Agora, a curiosidade que se mantém sobre este jogador é se finalmente vai conseguir dar o salto ou se manterá mais uma temporada no conjunto dos “arcebispos”.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Zé Luís – Foi naturalmente uma substituição completamente ao lado por parte de Sérgio Conceição. O cabo verdiano nunca conseguiu entrar realmente na partida que envolvia a sua equipa e a sua exibição foi igual a muitas outras que tem habituado os adeptos portistas. Caso não mude a sua atitude competitiva, a sua saída, no final da época, não será de todo uma surpresa.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

    A equipa da casa entrou muito mal na partida, permitindo que o FC Porto trocasse a bola confortavelmente em todas as zonas do terreno. Além disso, na primeira parte raras foram as vezes que incomodaram verdadeiramente Diogo Costa. Porém, tudo mudou ao intervalo, já que os bracarenses entraram no segundo com outra atitude e que os permitiu virar o resultado a seu favor. Desta forma, podemos afirmar que este jogo apresentou duas faces do SC Braga, que mesmo assim foram suficientes para garantir o pódio no campeonato.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Matheus (7)

    Esgaio (6)

    Bruno Wilson (7)

    David Carmo (7)

    Amador (6)

    André Horta (7)

    Palhinha (6)

    Fransérgio (8)

    Ricardo Horta (8)

    Trincão (7)

    Paulinho (7)

    SUBS UTILIZADOS:

    Samuel Costa (7)

    Fabiano (6)

    João Novais (-)

    Raúl Silva (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Tudo o que foi dito, em relação ao SC Braga, podia aplicar-se ao FC Porto, mas de forma invertida. A equipa de Sérgio Conceição entrou muito bem no Municipal de Braga, ou seja, assumiram o controlo do jogo, trocaram a bola com critério, anularam os pontos fortes do adversário e conseguiram ferir a baliza dos bracarenses. No entanto, após o intervalo, os homens da invicta mostraram-se mais passivos e mais apáticos, que naturalmente ajudaram os “Guerreiros do Minho” a inverter o resultado.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (7)

    Manafá (6)

    Pepe (6)

    Diogo Leite (6)

    Alex Telles (6)

    Danilo (7)

    Uribe (6)

    Otávio (6)

    Corona (6)

    Luís Diaz (7)

    Soares (6)

    SUBS UTILIZADOS:

    Sérgio Oliveira (6)

    Zé Luís (5)

    Fábio Vieira (6)

    Fábio Silva (-)

    João Mário (-)

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    Diogo Ataíde
    Diogo Ataídehttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo “respira” futebol desde que se conhece, tendo estado sempre ligado a este mundo da bola, onde sofre pelas cores azuis e brancas do FC Porto. Agora, estudante de direito, é através da escrita que encontra o espaço ideal para continuar ligado a este universo sem par.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.