O FC Porto e Sérgio Conceição têm tido um início de campeonato um pouco atribulado, não a nível de resultados (pois até têm sido positivos), mas a nível de gestão da equipa.
Até ao último minuto do dia 31 de agosto, dia de fecho do mercado de transferências em Portugal, os dragões poderiam perder uma das suas principais peças, como por exemplo, Corona, Sérgio Oliveira, Mbemba e até o próprio Luis Díaz, jogadores estes que despertavam o interesse de alguns clubes.
O FC Porto, como sabemos, não conseguiu vender nenhum destes ativos, ficando assim com um plantel com o qual não esperava contar, ou seja, transparece que a equipa técnica esboçou uma época sem contar com algum destes jogadores – não é uma suposição, podemos constatar nos seis jogos jogados esta época.
Os dragões procuram ainda um onze inicial base e, ao que parece, procuram também um sistema base que tire o melhor das qualidades dos jogadores que este plantel constitui.
No entanto, a equipa técnica ainda não conseguiu “montar” um sistema base ou um onze inicial base, e, com isto, há uma falta de coesão na equipa, algo que se notou perfeitamente nos passados dois jogos frente ao Sporting CP, para o Campeonato, e frente ao Atlético Madrid, a contar para a Liga dos Campeões.
A equipa parece que ainda não engrenou com aquilo que o treinador pede, o jogo não flui, há uma desarmonia em todos os setores dos dragões.
Nothing to separate Atlético & Porto in Madrid. Fair result?#UCL pic.twitter.com/hn12xb5ifB
— UEFA Champions League (@ChampionsLeague) September 15, 2021
Tanto na da defesa, como no duplo pivô do meio-campo e no ataque, atualmente, não sabemos quem de facto é titular.
Sérgio Conceição ainda não encontrou o FC Porto 2021/22, não conseguiu ainda vincar a sua imagem, como fez em épocas passadas, tanto a nível de consistência como a nível de dinâmicas de jogo.
Mas há que frisar também que, a equipa técnica, de certa forma, está refém de uma “falta de forma generalizada” de alguns jogadores do plantel, o que torna a busca por um onze base um pouco difícil, pois o treinador não tem os jogadores que queria a titular a 100% das suas capacidades.
É o caso de Sérgio Oliveira e de Corona, que não apresentam (nem de perto) o índice de forma que apresentaram na época anterior. Podemos também citar Taremi, Mbemba e Zaidu, este último que perdeu totalmente a confiança.
Posto isto, penso que Sérgio Conceição, face a esta “falta de forma generalizada”, deve dar oportunidade aos que estão a 100% das suas capacidades, com vontade de contribuir e crescer com a equipa.
Quero dizer com isto que é preciso “sangue novo” na equipa, jogadores como Vitinha, Pepê, Fábio Vieira, Evanilson e Francisco Conceição, devem ser apostas constantes ao longe dos jogos.
Para além de trazerem concorrência aos habituais titulares, podem trazer um novo ADN a este FC Porto 2021/22, que ainda não foi encontrado.