Finalmente, Pedro Martins é um treinador que faz do 4x2x3x1 ou do 4x4x2 as suas estruturas preferenciais. Já com um vasto currículo no futebol português, e com passagens bem conseguidas pelo CS Marítimo, Rio Ave FC e Vitória SC, não admira que esta seja a hora de Pedro Martins treinar um clube de maior dimensão. Em todas as equipas que treinou, para além dos resultados alcançados, sempre sobressaiu a organização pela qual se pautava o futebol praticado pelas mesmas e, acima de tudo, o facto de Pedro Martins nunca ter procurar obter resultados renegando o momento ofensivo do jogo. Nas equipas de Pedro Martins sempre foram evidentes três aspetos fundamentais: muita qualidade na organização defensiva, capacidade de a equipa se desdobrar rapidamente em transição ofensiva, e capacidade para construir e criar com bom perfil de tomada de decisão em organização ofensiva (pese embora, no Vitória SC, sobressaísse uma procura algo excessiva pelos corredores laterais, muito devido às caraterísticas dos seus futebolistas).

Em suma, qualquer dos três nomes que aparentemente se encontram em cima da mesa poderá representar uma boa solução e, sobretudo, constituir um upgrade ao nível do modelo de jogo relativamente a Nuno Espírito Santo. Porém, no que concerne a Pedro Martins não é claro se este conseguirá transpor a qualidade do trabalho até aqui realizado para uma equipa de maior dimensão. Relativamente a Sérgio Conceição, e pese embora se lhe reconheçam qualidades táticas, ficam dúvidas acerca da sua capacidade de autocontrolo, algo que parece ser fundamental numa fase em que o FC Porto necessita de estabilidade. Assim sendo, a melhor opção para o clube (ainda que não seja a mais provável) parece mesmo ser Paulo Sousa. Com o treinador viseense ao leme é certo que o FC Porto iria sempre procurar assumir o jogo, com procura constante pela posse de bola, e iria praticar um futebol apaixonante que permitiria aos adeptos o reencontro com o clube. Agora, tem a palavra a Jorge Nuno Pinto da Costa…
Foto de Capa: FC Porto