A sorte nem sempre bate à porta de quem a procura

    Ainda se sentia o cheiro a churrasco e a cerveja da afamada festa da Taça quando três freestylers de motocross entregavam a bola a Jorge Sousa para o pontapé de saída da prova rainha do futebol português. Com o Estádio Nacional muito bem composto, dava-se assim início à “repetição” do clássico de há uma semana, bem como da final da Taça da Liga. Aliás, a história da Taça da Liga repetiu-se e mais uma vez o Sporting CP venceu o FC Porto nas grandes penalidades, conquistando assim a 17ª Taça de Portugal da história do clube.

    Sérgio Conceição apostou no mesmo esquema tático do jogo da semana passada, mas com o castigo de Jesús Corona, Brahimi ganhou lugar no onze inicial. Do lado do Sporting CP, Keizer foi a jogo num sistema 4-3-3 com Diaby, Raphinha e Luiz Phellype na frente, Bruno Gaspar e Acuña nas laterais, um meio campo a três com Wendel, Bruno Fernandes e Gudelj e a tradicional dupla de centrais Mathieu e Coates acompanhados de Renan na baliza.

    Desde o início da partida que o FC Porto foi quem mais procurou o golo e chegou mesmo a estar a vencer por intermédio de Tiquinho Soares, mas não foi por muito tempo, pois Bruno Fernandes, num golpe de sorte (a bola desviou-se em Danilo Pereira), atirou para o fundo da baliza de Vaná. Na segunda parte os azuis e brancos cresceram e tomaram conta do jogo, ainda que sem conseguir concretizar. Os leões aguentaram bem a pressão que estavam a sofrer e tentaram levar o jogo para prolongamento.

    Foi aí que a turma de Alvalade conseguiu a reviravolta no marcador e Bas Dost fez explodir a alegria no Jamor. Naquele que foi um prolongamento bastante faltoso, saindo quatro cartões amarelos para o lado do FC Porto e três para o lado do Sporting CP, o FC Porto conseguiu o empate no último lance do jogo, com Felipe a desviar de cabeça para golo. Havia jogo até ao fim no Estádio do Jamor e tudo se ia decidir nas grandes penalidades, onde mais uma vez, o Sporting CP levou a melhor, após Fernando Andrade falhar o penalti decisivo e Luiz Phellype marcar o golo que deu a 17ª Taça de Portugal ao seu clube.

    Marega fez, provavelmente, o seu último jogo ao serviço do FC Porto
    Fonte: FC Porto

    O FC Porto, a nível exibicional, esteve por cima, mas mais uma vez o Sporting CP soube sofrer e gerir o jogo, ganhado novamente nos penáltis. A equipa não conseguiu finalizar nas oportunidades que teve e pagou caro o desperdício de algumas hipóteses de levar a Taça para o Estádio do Dragão. Na hora de bater os penaltis, o FC Porto não conseguiu levar a melhor e os adeptos ficam sem perceber o porquê de alguns titulares habituais não serem chamados a marcar a primeira série de grandes penalidades.

    Do lado do FC Porto, Herrera teve uma vez mais uma exibição de encher o olho e foi dos melhores nesta final da Taça de Portugal. No conjunto leonino, Mathieu esteve intransponível na defesa e é um dos grandes responsáveis pela conquista desta taça.

    Foi o jogo de despedida para muitos dos craques que estiveram em campo e o fechar da época futebolística em Portugal. Espera-se uma grande revolução no plantel do FC Porto no próximo mercado de transferências com muitas entradas e saídas. Até ao início da época 2019/2020, é necessário erguer a cabeça e começar tudo de novo com ainda mais trabalho e esforço.

    Foto de Capa: FC Porto

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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    Tiago Moura
    Tiago Mourahttp://www.bolanarede.pt
    Desde criança a colecionar cromos e recortes de jornais de vários jogadores até às longas carreiras nos videojogos no seu clube do coração, foram muitas as alegrias que o desporto rei lhe proporcionou. Assume ficar fulo quando não consegue acompanhar um jogo da equipa da cidade Invicta, mas no que toca a tudo o que acontece à volta do seu clube sente a obrigação de estar sempre atualizado. Estuda Ciências da Comunicação e é através da escrita que se prefere expressar.